A saída da Transgás do universo empresarial da Galp Energia deveria decorrer antes da realização da oferta pública de venda inicial (IPO) da «holding» energética, prevista para Junho de 2002, defendeu José Penedos, presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN), em declarações ao «Expresso».

A Galp Energia terá de efectuar a cisão da Transgás antes de 2007, por imposição da Comissão Europeia, que decretou esta medida devido a preocupações relacionadas com a concorrência no mercado energético nacional.

José Penedos defendeu que esta operação deveria ser efectuada antes da entrada em bolsa da Galp Energia, uma vez que «não faz sentido que a Transgás continue muito mais tempo na Galp».

No entanto, esta possibilidade está dependente da aceitação por parte da italiana ENI, que controla uma posição de 33,34% na Galp Energia, e que pode aumentar a sua posição em 10% se o IPO não for realizado no prazo previsto.

José Penedos defendeu que «há um espaço para conversas entre o Estado e a ENI», no sentido de convencer a companhia italiana de que o acordo parassocial que abre a porta a um eventual reforço da posição daquela empresa na Galp Energia não é desejado, «sendo contra a vontade nacional expressa no Parlamento».