"É uma pessoa por quem eu tenho muita consideração e temos amizade", afirmou Alberto João Jardim, no Funchal, onde hoje inaugurou um estabelecimento comercial.

O antigo presidente da Sociedade Central de Cervejas Alberto da Ponte será o novo presidente do conselho de administração da RTP, de acordo com informação disponível na própria página na Internet da RTP.

No 'site' é referido também que no conselho de administração mantém-se Luiana Nunes, que transita da administração anterior, e que José Lopes Araújo, da direcção jurídica da RTP, passa a vogal do conselho de administração.

Alberto da Ponte deixou este ano o cargo de presidente da Sociedade Central de Cervejas (SCC), tendo rumado à Holanda para assumir funções na Heineken. O responsável foi presidente da SCC durante oito anos.

O gestor tem também no seu currículo passagens pela Jerónimo Martins, Schweppes Portugal e diversas experiências em Portugal e no estrangeiro ao serviço da Unilever.

"Eu recebi há dias dele um convite para ser confrade da Confraria da Cerveja a nível nacional, que é uma cerimónia que vai decorrer em Coimbra, no dia 21, e que eu aceitei com muito prazer", adiantou Alberto João Jardim, referindo desconhecer se Alberto da Ponte "nessa altura ainda estará como chanceler da ordem" ou "se já estará na televisão".

O presidente do executivo regional acrescentou que Alberto da Ponte "tem uma excelente colaboração com a Madeira no campo económico, nomeadamente com a Empresa de Cervejas da Madeira e com o dr. Miguel de Sousa [vice-presidente da Assembleia Legislativa]".

À pergunta sobre o que espera do novo presidente da estação pública em relação à RTP-Madeira, Alberto João Jardim respondeu com outra questão: "Tem cura a RTP- Madeira?".

A antiga administração da RTP, liderada por Guilherme Costa, pediu a demissão do cargo a semana passada, que foi aceite pelo ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

O pedido de demissão surgiu na sequência do anúncio do consultor do Governo para as privatizações, António Borges, de que a proposta em cima da mesa é da concessão da RTP a privados, ao contrário da indicação anterior de que seria privatizado um canal.

Nesse dia, em comunicado, o executivo insular declarou-se "solidário com o Governo da República na decisão da demissão do conselho de administração da Rádio Televisão Portuguesa".

No comunicado, o Governo madeirense sublinhou que "o conselho de administração cessante utilizou a RTP e a RDP locais contra a governação regional", dizendo esperar que o próximo grupo de responsáveis "faça regressar a RTP e RDP locais à situação de isenção que a população exige".