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Investimento dos fundos em acções nacionais cai 9,3% em Março
O valor investido pelos fundos em acções nacionais voltou a diminuir, recuando 9,3% no mês de Março, segundo os dados revelados pela CMVM. A Galp Energia e a EDP continuam a ser os títulos preferidos pelas gestoras que se afastaram da Brisa e aumentaram a
O valor investido pelos fundos em acções nacionais voltou a diminuir, recuando 9,3% no mês de Março, segundo os dados revelados pela CMVM. A Galp Energia e a EDP continuam a ser os títulos preferidos pelas gestoras que se afastaram da Brisa e aumentaram a exposição à Martifer, a única cotada do "top ten" que não integra o índice principal.
Os fundos reforçaram o investimento na empresa liderada por Carlos Martins, em 14%, somando um total de 42,4 milhões dos 859,1 milhões de euros sob gestão no final do mês passado. Este valor representa, segundo os dados revelados hoje pelo regulador, uma quebra de 9,3%, uma tendência crescente desde o início da crise nos mercados que estalou no Verão.
A Galp Energia e a Energias de Portugal continuam a liderar a preferência das gestoras, representando 13,4% e 7,7% do total, respectivamente. Ainda assim assistiu-se, em Março, a uma redução da exposição dos fundos a ambas as cotadas, na ordem dos 11% e 14%, cada.
Os fundos afastaram-se da Brisa. O investimento na concessionária caiu em 21,3%, tendência verificada igualmente na Sonae SGPS (-13,2%), na Jerónimo Martins (-9%) e na Mota-Engil (-7,6%). Além do reforço na Martifer, apenas a Cimpor, a Portucel e a Portugal Telecom (10,9%) registaram um crescimento no valor investido pelos fundos.
Investimentos totais dos fundos em Portugal cai 1,5%
No total, o valor investido pelos fundos em Portugal sofreu uma redução de 1,5% para 1.268 milhões de euros (incluindo já os 859,1 milhões das acções nacionais), sendo que, em termos globais, os investimentos caíram 3,3%.
O Luxemburgo continua a ser o mercado de eleição, com mais de 5,5 mil milhões dos 15,74 mil milhões investidos no final de Março, tendo sido mesmo um dos poucos mercados onde se assistiu a um reforço da exposição. No sentido inverso, assistiu-se a uma quebra de 29,4% nos investimentos dos fundos na Alemanha.
Valor sob gestão total diminui em 4,9%
Segundo os dados da CMVM, em Março, o valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM) atingiu 18.588,7 milhões de euros, "o que traduz um decréscimo de 4,9% relativamente ao mês anterior (19.538,7 milhões de euros)".
"Em contrapartida o valor sob gestão dos fundos especiais de investimento (FEI) cresceu 0,3% (de 3.773,6 milhões de euros para 3.783,5 milhões de euros)", salienta o regulador no mesmo comunicado.
A Caixagest manteve a maior quota de mercado em termos de valor gerido (24,2%), seguida pelo Santander Asset Management (20%) e pelo BPI Gestão de Activos (15,7%). O fundo Santander Multiobrigações, da Santander Asset Management, era o fundo de maior dimensão, com um valor de 945,9 milhões de euros.