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Investimento no setor imobiliário comercial soma 1.100 milhões no terceiro trimestre

Portugal "está entre os mercados mais apetecíveis para investir em logística, juntamente com países como a França, Alemanha, Espanha e Itália", diz a Savills.

Governo assegura que proprietários não serão prejudicados.
João Cortesão
12 de Dezembro de 2022 às 13:33
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O investimento no setor imobiliário comercial soma 1.100 milhões de euros no terceiro trimestre, sendo que no acumulado até setembro ascende a 1.900 milhões de euros em Portugal, divulgou esta segunda-feira a Savills Portugal.

"O mercado de investimento imobiliário comercial registou um terceiro trimestre muito forte, com um valor acumulado - até ao final do mês de setembro - de cerca de 1,9 mil milhões de euros", refere a empresa, salientando que "o mercado industrial e logístico partilha o topo da tabela com o segmento de escritórios, com estes dois segmentos a contabilizarem mais de 1.000 milhões de euros investidos até ao final do terceiro trimestre" deste ano.

Portugal "está entre os mercados mais apetecíveis para investir em logística, juntamente com países como a França, Alemanha, Espanha e Itália, afirmando-se, cada vez mais, como destino para os operadores logísticos transfronteiriços para servir os mercados ibérico e europeu", aponta.

Aliás, a tendência de 'nearshoring' e o potencial do mercado português de atração de investimento para a industrialização "contribuem para uma maior aposta neste segmento por parte de operadores e investidores", prossegue.

O segmento de escritórios, no volume acumulado até setembro, representa 546 milhões de euros.

"Espanha, EUA e Reino Unido foram as nacionalidades que contribuíram com a maior parte do investimento, com um peso total de 54%", sendo que os investidores portugueses "acrescentaram um volume total de investimento de cerca de 234 milhões de euros".

Devido "a uma substancial alteração no clima macroeconómico, em particular no aumento das taxas de juro, antecipamos um abrandamento no número de transações até que as expectativas entre vendedores e compradores estejam novamente equilibradas", afirma o 'capital markets director' da Savills Portugal, Alberto Henriques, citado em comunicado.

"Ainda assim, Portugal goza de uma posição muito privilegiada para investimento, pois continua a ser um destino de atração de talento, com potencial de crescimento de rendas e forte pressão ocupante em diversos segmentos, uma posição que deverá suavizar o previsível abrandamento do mercado", remata.

O terceiro trimestre deste ano é "o mais forte jamais registado, com uma absorção total de 79.569 metros quadrados em Lisboa" e "até agora as 162 operações realizadas na capital são responsáveis por uma absorção total próxima dos 250.000 metros quadrados, 20% acima do valor mais alto registado nos últimos cinco anos e 6,5% acima do valor recorde de 2008, fazendo de 2022 um ano histórico para o segmento", sublinha a Savills.

Também o mercado de escritórios do Porto "conta com um desempenho muito positivo ao longo do ano, já acima dos volumes de absorção observados para os mesmos períodos de 2019, 2020 e 2021".
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