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Insolvências devem subir 30% em 2022 com fim dos apoios às empresas

A Crédito y Caución prevê que nos próximos meses os níveis de insolvência em todo o mundo se alterem, "decorrente do fim dos apoios fiscais ao tecido empresarial", adotados durante a pandemia, agravado pelo impacto inflacionista dos elevados preços da energia e dos constrangimentos na cadeia de fornecimento.

O estudo da Mercer envolveu 527 empresas que operam em Portugal com 160.076 trabalhadores.
Getty Images
07 de Outubro de 2022 às 11:44
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As insolvências deverão crescer 30%, este ano, e 36%, em 2023, na sequência do fim dos apoios fiscais ao tecido empresarial num contexto de desaceleração do crescimento mundial, segundo uma análise da Crédito y Caución.

"Em Portugal, estima-se que as insolvências registem um crescimento de 30% em 2022 que chegará aos 36% em 2023", concluiu a empresa de seguro de crédito no mercado interno e no crédito à exportação.

A Crédito y Caución prevê que nos próximos meses os níveis de insolvência em todo o mundo se alterem, "decorrente do fim dos apoios fiscais ao tecido empresarial", adotados durante a pandemia, agravado pelo impacto inflacionista dos elevados preços da energia e dos constrangimentos na cadeia de fornecimento, que reduz o poder de compra dos consumidores.

De acordo com o recente estudo da seguradora de crédito, na Turquia, Espanha, Suíça ou Reino Unido as insolvências estão já muito acima dos níveis anteriores à pandemia.

Já na Chéquia, Roménia e Dinamarca as insolvências apresentam um nível inferior, mas também já ultrapassaram os de 2019.

Pelo contrário, nos Países Baixos, Estados Unidos, Coreia do Sul ou Japão ainda não se observa uma alteração aos níveis normais, tratando-se de países que, explica, "tinham programas de apoio governamental relativamente generosos que melhoraram a posição de liquidez das empresas".

Já a Iberinform divulgou esta sexta-feira um estudo que conclui que as insolvências diminuíram quase 13% e as constituições de empresas cresceram perto de 17% nos primeiros sete meses de 2022, face ao período homólogo de 2021.

Segundo os dados da empresa de gestão de risco, as insolvências desceram 12,6% nos primeiros sete meses do ano, face ao período homólogo de 2021, com menos 436 empresas insolventes e um total acumulado de 3.014 insolvências.

Setembro foi o mês do ano com maior número de insolvências (496), mas uma redução de 19,2% face ao mesmo mês de 2021.

Lisboa e Porto continuam a ser os distritos com o número de insolvências mais elevado, registando 806 e 693, respetivamente.

Face a 2021, a Iberinform verificou um aumento de 2,2% em Lisboa e uma diminuição de 20,1% no Porto.
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