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Indianos e chineses em contactos exploratórios para projectos em Sines
Uma representação do grupo indiano Tata visita hoje Sines para avaliar as condições logísticas locais para investimentos em vários sectores, incluindo o automóvel. Esta missão acontece uma semana depois de uma delegação chinesa ter feito o mesmo.
Uma representação do grupo indiano Tata visita hoje Sines para avaliar as condições logísticas locais para investimentos em vários sectores, incluindo o automóvel. Esta missão acontece uma semana depois de uma delegação chinesa ter feito o mesmo.
Liderada pela fabricante de automóveis Geely, a representação chinesa encontrou-se com o presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho. O autarca adiantou ao Jornal de Negócios que a comitiva chinesa demonstrou um "manifesto interesse" em instalar em Sines uma fábrica de componentes para automóveis. O projecto poderá gerar dois mil novos empregos, segundo as estimativas avançadas pelos chineses a Manuel Coelho.
"Tudo faremos para agilizar os processos desde que se cumpram as normas de ordenamento e do ambiente", salientou o edil. Já o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Basílio Horta, diz que ainda "é tudo prematuro", mas que este interesse "é visto com agrado pela API". O presidente da API realça, porém, que são visitas exploratórias", não havendo nada sólido nestes projectos.
Ao que o Jornal de Negócios apurou essa mesma missão da Geely também visitou o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIIA), na Maia, e várias empresas portuguesas de componentes.
O presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), Aloísio Leão, reconhece que a intenção da Geely, que fabrica carros mais baratos que os europeus, poderá não trazer mais valias tão grandes como as de carros com maior valor acrescentado. "O fabricante vai ter que ter soluções o mais baratas possível, mas que respondam aos cadernos de encargos para homologação [pela União Europeia]", disse.