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Iberdrola Portugal supera 1.000 MW de potência em 2010
A Iberdrola estima chegar a 2010 com uma capacidade instalada superior a 1.000 megawatts (MW) em Portugal. Nas contas da eléctrica espanhola estão contemplados a central de ciclo combinado a gás natural (CCGT) que vai construir na Figueira da Foz e o "pip
A Iberdrola estima chegar a 2010 com uma capacidade instalada superior a 1.000 megawatts (MW) em Portugal. Nas contas da eléctrica espanhola estão contemplados a central de ciclo combinado a gás natural (CCGT) que vai construir na Figueira da Foz e o "pipeline" de parques eólicos que têm em desenvolvimento no território nacional.
"Os dois grupos geradores a gás natural deverão entrar em funcionamento entre o final de 2009 e o início de 2010", revelou ontem o presidente da Iberdrola Portugal, à margem do Fórum da Energia, organizado pelo jornal "Água e Ambiente". Joaquim Pina Moura lembrou que a central da Iberdrola, com 850 MW, "vai representar 10% da capacidade instalada em Portugal a partir de CCGT".
O projecto da Iberdrola, que irá gerar 300 postos de trabalho directos no concelho de Lavos, pressupõe um investimento próximo dos 400 milhões de euros. Já com a fase de licenciamento ambiental concluída - tendo obtido a declaração de impacte ambiental favorável -, a Iberdrola vai agora entrar no período de licenciamento industrial.
"O processo está muito bem encaminhado e vamos entregar tudo dentro do prazo", garante Pina Moura, sendo que a DGGE - Direcção-Geral de Geologia e Energia determinou que os promotores têm até Maio de 2007 para concluir a instrução dos processos de licenciamento, de modo a que a construção das centrais esteja concluída em 2009/2010.
A DGGE, na sexta-feira passada, declarou que deu informação favorável à instalação de oito grupos a gás natural, com um total de 3.574 MVA à Galp Energia, Tejo Energia, EDP e Iberdrola.
Iberdrola revê proposta
Na área das eólicas, a Iberdrola estima chegar a 2010 com uma potência de 170 MW, dos quais 50 MW estarão instalados até ao próximo mês de Dezembro.
O pacote para daqui a três anos exclui os 400 MW a que a Iberdrola está agora a concorrer, em consórcio com a Gamesa, no âmbito da segunda fase do concurso lançado pelo Governo em Março. O vencedor desta fase receberá um extra, neste caso de 200 MW, à semelhança do que aconteceu na primeira fase em que o consórcio vencedor - Eólicas de Portugal, participado pela EDP - recebeu mais 400 MW, num total de 1.200 MW.
Sem revelar os contornos da proposta que apresentou ao júri em Março, Pina Moura diz que "estamos agora a rever a nossa proposta para ver se é preciso fazer alterações ao projecto inicial, nomeadamente, em termos de pontos de ligação". Os três candidatos - Novas Energias Ibéricas (Iberdrola), Ventinvest (Galp) e Ventonorte (Eufer) têm até 4 de Dezembro para apresentar ao júri as propostas revistas.