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Holding da família Queiroz Pereira sobe preço da OPA sobre Semapa para 12,17 euros

A Sodim reviu em alta o preço a pagar na OPA sobre a Semapa. Agora, a holding da família Queiroz Pereira oferece 12,17 euros por ação, mais 6,75% do que os 11,40 euros anteriormente propostos.

OPA da Semapa suporta escalada das ações
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A Sodim reviu em alta o preço a pagar na OPA sobre a Semapa. Agora, a holding da família Queiroz Pereira oferece 12,17 euros por ação, mais 6,75% do que os 11,40 euros anteriormente propostos.

Em comunicado enviado à CMVM, a Sodim informa da alteração no anúncio preliminar da OPA.

O preço revisto representa um prémio de 1,75% face à cotação de fecho desta terça-feira, quando os títulos foram transacionados por 11,96 euros. Em relação à cotação da última sessão antes do anúncio preliminar da OPA (9,50 euros), feito a 18 de fevereiro, o prémio ascende a 28,1%.

Nesta data, a oferente detém 71,906% direta e indiretamente, correspondendo a 73,167% direitos de voto. A Sodim visa assim com esta oferta adquirir as 22.831.666 ações que não detém, e que poderão resultar num desembolso total de 277,86 milhões de euros. 

Assim, o valor total a pagar, caso adquira a totalidade das ações alvo da oferta, é superior em 17,58 milhões de euros face à proposta inicial.

A Sodim definiu como condição de sucesso passar a deter "um mínimo de 90% dos direitos de voto da visada", ainda que admita a renúncia até 24 horas antes do apuramento dos resultados da oferta desta condição.

Caso essa marca seja alcançada (90% dos direitos de voto) e se garantir na oferta 90% dos direitos de voto objeto da OPA, a Sodim diz já que irá lançar mão do mecanismo de aquisição potestativa. Mas não o fará acima dos 12,17 euros agora oferecidos. 

Caso passe a deter 90% ou mais dos direitos de voto, mas não conseguir 90% objeto da oferta, a Sodim diz que promoverá a perda de qualidade de sociedade aberta. 

Os intermediários financeiros são o BCP e a Caixa Banco de Investimento, tendo também o Santander colaborado com a Sodim nesta operação, segundo apurou o Negócios. A JP Morgan é a assessora financeira e a Linklaters a assessora jurídica da Sodim.

Na semana passada, em entrevista ao Negócios, a Bestinver, maior acionista depois da Sodim na Semapa com uma participação de 5,05%, considerou a oferta "oportunística", acusando a família Queiroz Pereira de querer aproveitar a desvalorização dos títulos e lembrando que o preço-alvo das ações é significativamente superior.

Além da Bestinver, têm participações qualificadas na Semapa o Norges Bank (2,13%) e os espanhóis da Cobas Asset Management (2,05%).

Os restantes 16,8% das ações são controladas por pequenos investidores, que têm mostrado igualmente o seu desagrado pelo preço oferecido na OPA, quer pela reação em mercado – ações estão acima do preço da oferta – quer através da associação que os representa, a Maxyield.

“O preço é significativamente baixo e recomendamos aos nossos associados que não vendam as suas ações nas condições da oferta. Sem um aumento substancial do valor oferecido, estamos perante uma significativa perda de valor dos seus investimentos”, defende a Maxyield.


A Semapa, entretanto, anunciou esta terça-feira que vai propor a distribuição de um dividendo de 0,512 euros por ação.
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