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Há 7.500 empresas portuguesas a exportarem 3,2 mil milhões para os BRIC

O presidente da AICEP incitou as empresas portuguesas a apostarem nos mercados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que valeram, no ano passado, cerca de 3,2 mil milhões de euros de exportações nacionais, envolvendo um total próximo de 7.500 exportadoras.

Bruno Simão/Negócios
22 de Setembro de 2015 às 09:56
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Os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), "apesar da maior instabilidade, quer a nível político quer económico, são mercados que, pela sua dimensão e poder de compra, constituem oportunidades de negócio relevantes para as empresas portuguesas", afirmou Miguel Frasquilho, presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), na sessão de abertura da última edição do "roadshow" Portugal Global, que decorre esta terça-feira, 22 de Setembro, no Porto. 

 

O número de empresas portuguesas exportadoras para os BRIC aproxima-se das 7.500, que foram responsáveis, no ano passado, por vendas de bens e serviços para estes quatro mercados no valor de 3,2 mil milhões de euros, que valem cerca de 5% do total das exportações nacionais, enfatizou o presidente da AICEP.

 

Frasquilho enfatizou o facto de serem mais de 40 mil as empresas portuguesas que exportam produtos e serviços, que representam já cerca de 40% do PIB, "uma subida de 10 pontos percentuais face aos tradicionais 28% a 30% que se verificaram até 2010", sublinhou, destacando que quase 30% das vendas do país ao exterior se destinam aos mercados extracomunitários (mais 10 pontos percentuais face a 2008). 

 

E voltou a frisar a meta de Portugal chegar a 2020 com as exportações a valerem metade do PIB.

 

Voltando aos BRIC, mercados que estão hoje em análise no "roadshow" da AICEP, "a Índia é, segundo vários analistas, o país do grupo BRIC que apresenta, actualmente, o maior potencial de crescimento sustentado e com menor risco".

 

Com aproximadamente um quinto da população mundial, mais de mil biliões de dólares de comércio bilateral e um crescimento médio anual de 7% nos últimos 10 anos, a progressiva abertura da economia ao investimento estrangeiro faz da Índia um dos principais focos das empresas de todo o mundo. "E hoje, pretendemos partilhar com as nossas empresas o conhecimento que temos da Índia, contextualizando-a em relação aos grandes mercados emergentes", sinalizou Frasquilho. 

 

Já em relação ao Brasil, ressalvou, apesar da actual situação político-económica, e da evolução cambial do real (no sentido do seu enfraquecimento), é um mercado promissor para os bens e serviços de origem portuguesa". As exportações nacionais para o Brasil "aumentaram mais de 45% ao longo dos últimos cinco anos e, no caso dos serviços, elevam-se a mais de mil milhões de euros".

 

"Não obstante as dificuldades", que decorrem, entre outros factores, do contexto de sanções internacionais, "é elevado o número de empresas que continuam a desenvolver as suas operações com a Rússia - e existem também oportunidades para o aumento das exportações de empresas portuguesas".

 

Finalmente, a China, segundo maior país importador do mundo e o terceiro maior emissor de investimento directo a nível global.

 

O presidente da AICEP defendeu que "o relevante relacionamento económico entre a China e Portugal só poderá continuar a fortalecer-se através de uma contínua capacitação das nossas empresas, em particular as nossas PME, na abordagem a este mercado e identificação dos potenciais riscos, particularmente relevantes nos processos de internacionalização, como são a protecção da marca ou os instrumentos e métodos recomendáveis para a obtenção de informação fidedigna sobre potenciais parceiros, importadores e distribuidores no mercado".

 

Frasquilho aproveitou a ocasião para anunciar a ampliação da rede da AICEP no mundo, que prevê cobrir "65 mercados até ao final de 2016, o que comprara com os 53 do início deste ano".

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