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Há sete empresas portuguesas entre as mais inovadoras que podem receber 314 milhões da UE
Na lista, a UE não revela os valores que podem caber a cada empresa, ressalvando que esta seleção não constitui um compromisso de financiamento, apenas prevê essa possibilidade.
A União Europeia decidiu distribuir 314 milhões de euros por empresas que considera inovadoras e que vão ser úteis tanto no combate à pandemia de covid-19 como na recuperação económica da Europa. Dentro desta lista existem sete empresas portuguesas que podem vir a beneficiar do programa.
Na lista, a UE não revela os valores que podem caber a cada empresa, ressalvando que esta seleção não constitui um compromisso de financiamento, apenas prevê essa possibilidade. "A decisão final nos projetos só vai ser tomada após o terminus da preparação dos fundos", esclarece Bruxelas.
Contudo, é possível fazer-se desde já a distinção entre dois grupos, de 36 entidades cada. O primeiro reúne empresas cujo propósito é combater a pandemia, às quais são atribuídos 160 milhões de euros. As restantes contempladas auferem 148 milhões de euros, para serem investidos em projetos que se inserem no plano de recuperação do Velho Continente.
Este financiamento insere-se no programa de inovação e investigação europeu "Horizonte 2020".
Lisboa conquista fundos para duas das suas empresas. A Ophiomics dedica-se à investigação e ao desenvolvimento em biotecnologia, e a UE destaca o projeto HepatoPredict, uma ferramenta que ajuda à decisão de transplante de fígado. Também na capital, a Nano4 Global é destacada, referindo os projetos de nanotecnologia para um diagnóstico "rápido e acessível financeiramente".
Na segunda maior cidade, o Porto, há espaço para outros dois reconhecimentos. A Porto I2S Informática Sistemas e Serviços evidencia-se com o produto InsurAgility, que pretende trazer transformação digital ao mundo das seguradoras. Também na Invicta, a AddVolt consegue chamar as atenções com um sistema para cortar as emissões no setor dos transportes.
Fora dos grandes centros, e também no norte, a bracarense Smartex, que deteta deficiências na produção de têxteis, "furou" a lista. A Signinum, que se preocupa com a preservação do património cultural, também mereceu menção – uma empresa de Rio Caldo. Por fim, em Benavente, Santarém, o destaque recaiu sobre a C2C-NewCap, que quer armazenar energia elétrica, focada na mobilidade sustentável.
Estes apoios podem ser dados a fundo perdido ou na forma de "blended finance", isto é, usando apoio público para mobilizar financiamentos comerciais. A Ophiomucs e a Smartex deverão receber ajudas nesta última modalidade e a Addvolt a fundo perdido. Quanto às restantes, não existe ainda referência.