Notícia
Guerra na Ucrânia fez disparar procura de agregado de ferro produzido em Moncorvo
"A procura pelo nosso produto em todo o mundo é enorme", diz a concessionária das minas de Torre de Moncorvo, Aethel Mining.
04 de Julho de 2022 às 19:43
A concessionária das minas de Torre de Moncorvo Aethel Mining admitiu esta segunda-feira que a guerra na Ucrânia fez disparar a procura de agregado de ferro ali extraído, tendo pré-vendas para os próximos 18 meses.
"A procura pelo nosso produto em todo o mundo é enorme. Temos um excelente produto e uma logística muito boa. Devido à situação desoladora na Ucrânia, que é um grande produtor de minério de ferro, a procura pelo produto produzido em Torre de Moncorvo disparou e temos pré-vendas para os próximos 18 meses", explicou à agência Lusa fonte oficial da Aethel Mining.
A mesma fonte adianta, em nota escrita, que a empresa continua os preparativos para avançar com a segunda fase da mina e espera produzir o primeiro lote de concentrado em 2024.
Questionada pela Lusa sobre uma paragem na produção, a concessionária admitiu "pontuais paragens técnicas" que se devem "não só a trabalhos de manutenção de equipamentos, mas também para a introdução de novas tecnologias mais amigas do ambiente".
"Não paramos a atividade na empresa. Estamos a realizar trabalhos normais de manutenção e de melhoramento na nossa linha de equipamentos para os tornar mais amigos do ambiente", assegura.
Garantindo que "não há paragem da atividade", a empresa explica que, tendo introduzido novos equipamentos, está neste momento a "reformular o processo de produção para atender às necessidades da carteira de encomendas e melhorar a produção, tornando-a mais limpa e mais ecológica".
Segundo a Aethel Mining, as melhorias ao nível do equipamento "estão programadas para serem concluídas em 2/3 semanas", pelo que é esperado um aumento da produtividade até o final do verão".
Por seu lado, o presidente da União de Freguesias Souto da Velha e Felgar, Vítor Vieira (PSD), confirmou à Lusa as paragens na extração de minério e garantiu que não tem conhecimento de despedimentos ou ordenados em atraso em relação 13 trabalhadores que operam no cabeço da Mua.
O projeto mineiro instalado no cabeço da Mua, no concelho de Torre de Moncorvo, foi retomado no dia 13 março de 2020, após 38 anos de abandono, estando previsto um investimento de 550 milhões de euros para os próximos 60 anos.
A Aethel Mining Limited é uma "empresa britânica detida exclusivamente" pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert, "que já havia recebido a aprovação da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em novembro de 2019, para assumir o controlo da mina de Torre de Moncorvo", que é tida como um "depósito de minério de ferro muito significativo no coração da Europa".
As minas de ferro de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros. A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas.
"A procura pelo nosso produto em todo o mundo é enorme. Temos um excelente produto e uma logística muito boa. Devido à situação desoladora na Ucrânia, que é um grande produtor de minério de ferro, a procura pelo produto produzido em Torre de Moncorvo disparou e temos pré-vendas para os próximos 18 meses", explicou à agência Lusa fonte oficial da Aethel Mining.
Questionada pela Lusa sobre uma paragem na produção, a concessionária admitiu "pontuais paragens técnicas" que se devem "não só a trabalhos de manutenção de equipamentos, mas também para a introdução de novas tecnologias mais amigas do ambiente".
"Não paramos a atividade na empresa. Estamos a realizar trabalhos normais de manutenção e de melhoramento na nossa linha de equipamentos para os tornar mais amigos do ambiente", assegura.
Garantindo que "não há paragem da atividade", a empresa explica que, tendo introduzido novos equipamentos, está neste momento a "reformular o processo de produção para atender às necessidades da carteira de encomendas e melhorar a produção, tornando-a mais limpa e mais ecológica".
Segundo a Aethel Mining, as melhorias ao nível do equipamento "estão programadas para serem concluídas em 2/3 semanas", pelo que é esperado um aumento da produtividade até o final do verão".
Por seu lado, o presidente da União de Freguesias Souto da Velha e Felgar, Vítor Vieira (PSD), confirmou à Lusa as paragens na extração de minério e garantiu que não tem conhecimento de despedimentos ou ordenados em atraso em relação 13 trabalhadores que operam no cabeço da Mua.
O projeto mineiro instalado no cabeço da Mua, no concelho de Torre de Moncorvo, foi retomado no dia 13 março de 2020, após 38 anos de abandono, estando previsto um investimento de 550 milhões de euros para os próximos 60 anos.
A Aethel Mining Limited é uma "empresa britânica detida exclusivamente" pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert, "que já havia recebido a aprovação da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em novembro de 2019, para assumir o controlo da mina de Torre de Moncorvo", que é tida como um "depósito de minério de ferro muito significativo no coração da Europa".
As minas de ferro de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros. A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas.