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Grupo Pestana encerra duas Pousadas de Portugal

O Grupo Pestana encerrou duas Pousadas de Portugal, em Amarante e Alcácer do Sal, alegando prejuízos nos últimos três anos. Este encerramento desencadeou o despedimento de 21 trabalhadores, comunicou o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria

08 de Outubro de 2007 às 20:43
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O Grupo Pestana encerrou duas Pousadas de Portugal, em Amarante e Alcácer do Sal, alegando prejuízos nos últimos três anos. Este encerramento desencadeou o despedimento de 21 trabalhadores, comunicou o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria e Turismo.

"O Grupo Pestana, invocando prejuízos sucessivos durante três anos nestas pousadas - S. Gonçalo (Serra do Marão, Amarante) e Vale do Gaio (Torrão, Alcácer do Sal) - comunicou o seu encerramento e o despedimento de todos os trabalhadores", refere o sindicato em comunicado, citado pela Lusa.

A directora de Imagem e Comunicação do grupo Pestana confirmou, em declarações à agência Lusa, o encerramento das duas unidades, mas adiantou que estão a ser tentadas soluções para que os trabalhadores mantenham os seus postos de trabalho, tanto em outras pousadas, de cada uma das regiões, como através de uma possível manutenção em funcionamento na área hoteleira, com outras empresas.

As duas pousadas "vão fechar, ao abrigo do contrato de exploração com a Enatur, que permite encerrar pousadas que não sejam Históricas e que não sejam rentáveis em três consecutivos, como são os dois casos", explicou Patrícia Reimão.

A responsável do grupo Pestana fez, no entanto, questão de salientar que os directores das pousadas contactaram directamente os trabalhadores para explicar a situação.

Entretanto, já foram realizadas reuniões com os presidentes das câmaras municipais de Amarante e de Álcacer do Sal para tentar encontrar investidores que queiram ficar com a exploração das duas unidades hoteleiras e com os seus trabalhadores.

Uma situação similar a estas já aconteceu com a Pousada de Almeida que deixou de ser explorada pelo Grupo Pestana Pousadas e passou para um investidor particular e está a funcionar, tendo mesmo entrado posteriormente na rede de reservas das Pousadas de Portugal, através de franchising.

Os encontros com as autarquias, onde também participaram representantes da Enatur, empresa proprietária dos edifícios daquelas duas pousadas, "correram muito bem", segundo a directora de Imagem e Comunicação do grupo Pestana. O comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria e Turismo adianta que os despedimentos dos trabalhadores terão efeito a partir do final de Outubro.

De acordo com o sindicato, desde a privatização das Pousadas de Portugal, em 2003, o grupo Pestana já extinguiu mais de 300 postos de trabalho, encerrou pousadas, secções e serviços e transferiu de local de trabalho, "sob pressão", muitos trabalhadores.

"A intenção do grupo Pestana é encerrar todas as pousadas regionais e ficar apenas com as históricas, salvo se alguma regional tiver uma ocupação espectacular e der muito lucro", sustenta.

Isto apesar de - recorda - "no período que precedeu a compra da gestão das pousadas o grupo ter declarado que não iria fazer quaisquer despedimentos".

Adiantando ter já apresentado um protesto à empresa, "até à data sem resposta", o sindicato defende que "todas as pousadas são importantes para o produto turístico que as Pousadas de Portugal representam" e que, "encerrando pousadas atrás de pousadas, se está a por em causa o produto turístico no seu todo".

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