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Grupo Marsans promete clarificar situação em Portugal

Os proprietários do Grupo Marsans prometem nas próximas horas "clarificar totalmente" a situação da empresa em Portugal, com uma fonte da empresa a dizer à agência Lusa que todos os passageiros serão "compensados até ao último euro".

05 de Julho de 2010 às 10:59
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Os proprietários do Grupo Marsans prometem nas próximas horas "clarificar totalmente" a situação da empresa em Portugal, com uma fonte da empresa a dizer à agência Lusa que todos os passageiros serão "compensados até ao último euro".

Uma fonte do grupo em Madrid disse à Lusa que "nas próximas horas" deverá ser divulgado um comunicado que clarificará a situação em Portugal e a situação da Marsans Lusitana, uma das empresas comprada pelos novos proprietários do grupo em Espanha.

"A situação não é totalmente como tem sido descrita. Será totalmente clarificado e todos receberão o seu dinheiro na totalidade", garantiu a fonte, remetendo mais esclarecimentos para o comunicado.

A mesma fonte confirmou que a Marsans Lusitana integra o lote de empresas do Grupo Marsans vendida em Junho ao grupo espanhol Posibilitum Business SL.

O grupo foi vendido por cerca de 600 milhões de euros, praticamente o valor total da dívida que acumulava, sendo que a Posibilitum Business SL é conhecida em Espanha pela sua experiência na liquidação de empresas.

No pacote de empresas vendidas estão incluídas ainda as sociedades Teinver, a falida Air Comet, Seguros Mercúrio, Viajes Marsans, Viajes Crisol, Tiempo Libre e Rural Tours e outras empresas de menor dimensão, incluindo a hoteleira Hotetur e a empresas de serviços de terra Newco.

Do lote de empresas fazia também parte a representação da marca em Portugal.

Apesar das dificuldades que a Marsans atravessou em Espanha, até ao momento nenhum dos clientes espanhóis do grupo foi afectado e, no início deste mês, a empresa conseguiu mesmo recuperar a licença da IATA para voltar a vender bilhetes de avião.

Essa licença tinha sido retirada dado o agravar da situação da Marsans e perante receios de que os direitos dos viajantes pudessem não ser garantidos.

Ainda que a credibilidade da marca tenha sido seriamente danificada no mercado espanhol e que o futuro da empresa passe, quase certamente, pelo despedimento de uma grande fatia dos trabalhadores, até ao momento continua a operar oferecendo pacotes turísticos.

Fontes próximas aos novos proprietários explicaram já que a sobrevivência do grupo poderá passar por cortes de até 60 por cento nos funcionários da empresa (mais de 1.200 funcionários afectados) bem como o fecho de lojas e até a fusão entre empresas do grupo.

Representantes dos trabalhadores e dos sindicatos temem que a situação possa ser ainda mais grave e que os primeiros cortes venham a levar a um progressivo desmantelar e liquidar da empresa.
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