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Greve por melhores salários e condições afeta viajantes em toda a Alemanha

Cerca de 80% de todos os comboios de longa distância, bem como dos comboios regionais e suburbanos do país, foram cancelados devido à greve dos maquinistas, enquanto as viagens aéreas também foram afetadas, já que o pessoal de terra da companhia aérea alemã Lufthansa parou de trabalhar no início da manhã.

DR
07 de Março de 2024 às 11:20
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Milhões de viajantes em toda a Alemanha foram hoje novamente afetados por greves, depois de dois sindicatos terem convocado paralisações de dois dias para reivindicar melhores salários e condições de trabalho.

Cerca de 80% de todos os comboios de longa distância, bem como dos comboios regionais e suburbanos do país, foram cancelados devido à greve dos maquinistas, enquanto as viagens aéreas também foram afetadas, já que o pessoal de terra da companhia aérea alemã Lufthansa parou de trabalhar no início da manhã.

As greves levaram a engarrafamentos nas cidades e nas autoestradas e a complicações nos aeroportos, onde os passageiros tentavam desesperadamente remarcar voos para chegar aos seus destinos.

Tanto alunos como funcionários registaram atrasos nas escolas e nos trabalhos, já que milhões de pessoas que normalmente dependem de comboios suburbanos para chegar ao seu destino de manhã ficaram retidos no trânsito.

A Lufthansa disse no início da semana que cerca de 1.000 voos por dia teriam de ser cancelados e que cerca de 200.000 passageiros aéreos seriam afetados.

As negociações continuam para o pessoal de terra da Lufthansa e para os maquinistas da operadora ferroviária alemã Deutsche Bahn. Os sindicatos dos maquinistas GDL e Ver.di convocaram greves para hoje e sexta-feira.

A greve nos serviços ferroviários de passageiros regionais e de longa distância começou às 02:00 (01:00 em Lisboa) e, de acordo com o GDL, deverá durar até às 13:00 (12:00 de Lisboa) de sexta-feira.

Nos transportes de cargas, a greve começou na quarta-feira, às 18:00 (17:00 em Lisboa) e vai durar até às 05:00 (04:00 em Lisboa) de sexta-feira.

Além dos aumentos salariais, o GDL tem apelado a que seja adotada uma redução do horário de trabalho de 38 para 35 horas por semana sem redução salarial, o que a Deutsche Bahn recusou.

Já o sindicato Ver.di pretende ver aprovado um aumento salarial de 12,5%, ou seja, de pelo menos mais 500 euros por mês para quase 25 mil trabalhadores de terra da Lufthansa, incluindo pessoal do 'check-in', manutenção dos aviões e trabalhadores de carga.

As negociações coincidentes resultaram em várias greves nos setores ferroviário, aéreo e de transporte local na Alemanha nos últimos meses.

O sindicato dos maquinistas GDL anunciou, no início desta semana, que serão convocadas mais greves num futuro próximo, mas disse que não as anunciaria com mais com 48 horas de antecedência para dar aos viajantes menos tempo para procurar alternativas.
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