As grandes empresas pesam apenas 0,2% do total das empresas sediadas na União Europeia (UE), revela esta quinta-feira o Eurostat com base nas estatísticas preliminares das empresas referentes a 2023. Mas ainda que em minoria, as grandes empresas são responsáveis por mais de metade do volume de negócios e empregam mais de um terço da força de trabalho a nível europeu.

Os dados do Eurostat revelam que, em 2023, a UE contava com "cerca de 33 milhões" de empresas, que empregavam 163 milhões de pessoas e que tinham um volume de negócios líquido (valor total das vendas após a dedução de descontos e impostos) superior a 38 biliões de euros.

Dessas "cerca de 33 milhões" de empresas, as grandes empresas – com mais de 250 pessoas empregadas – representavam apenas 0,2%. Ao todo, a UE tinha, em 2023, 53 mil grandes empresas, que empregavam 58,4 milhões de pessoas, o que corresponde a 36% do total de pessoas empregadas pelas empresas sediadas na UE. Já o volume de negócios líquido das grandes empresas chegou a 19,6 biliões de euros, o equivalente a 51% do total das empresas europeias.

As médias empresas – com 50 a 249 pessoas empregadas – constituíam também uma pequena parcela do número total de empresas europeias: 0,8%. Ao todo, a UE contava com 246 médias empresas em 2023, que empregavam 24,5 milhões de pessoas (cerca de 15% do total de força de trabalho empregada por empresas) e que tinham um volume de negócios de aproximadamente um quinto do total europeu (6,5 biliões de euros).

Por outro lado, a esmagadora maioria das empresas continuam a ser de pequena dimensão – empregam até 49 pessoas. Ao todo, a UE tinha 32,4 milhões de empresas que eram de micro e pequenas dimensão em 2023. Essas empresas empregavam quase metade das pessoas empregadas pelo tecido empresarial europeu (80,1 milhões) e geravam um volume de negócios de 12,2 biliões de euros, cerca de um terço do total. 

Por setores de atividade, os serviços pesam 63% no total de empresas, seguidas pelo comércio (30%), construção (12%) e indústria transformadora (7%). Em termos de emprego, mais de metade é garantido pelos serviços (52%), seguido pela indústria transformadora (21%), comércio (18%) e construção (9%). 

Em termos de volume de negócios, quase um terço (12,5 biliões de euros) é garantido pela indústria transformadora, seguido pelos serviços (12 biliões), comércio (11,5 milhões) e construção (2,3 biliões).