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Governo russo ameaça retirar licença de exploração ao consórcio BP/TNK

O Governo russo poderá retirar a licença de exploração do campo Kovykta, na Sibéria, ao consórcio British Petroleum (BP)/TNK. Esta é mais uma tentativa do presidente Vladimir Putin para controlar os projectos energéticos do país. O campo de Kovykta possui

01 de Junho de 2007 às 11:29
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O Governo russo poderá retirar a licença de exploração do campo Kovykta, na Sibéria, ao consórcio British Petroleum (BP)/TNK. Esta é mais uma tentativa do presidente Vladimir Putin para controlar os projectos energéticos do país. O campo de Kovykta possui gás natural suficiente para fornecer a Ásia durante cinco anos.

Em mais uma tentativa para controlar os projectos de energia do país, o presidente Vladimir Putin ameaça agora retirar a licença de exploração do campo Kovykta ao consórcio BP/TNK. A decisão final deverá ser anunciada esta tarde por Oleg Mitvol, membro do Governo russo.

"Se olharmos para esta questão do ponto de vista legal, só há uma solução. A empresa perde a sua licença", disse Mitvol, numa entrevista concedida ontem, citado pela agência Bloomberg.

Segundo Mitvol, a BP violou os objectivos da licença ao não produzir nove mil milhões de metros cúbicos de gás por ano para a região de Irkutsk.

A BP argumenta dizendo que a procura de gás nesta região russa não excede os 2,5 mil milhões de metros cúbicos por ano. A título de exemplo, a República Checa, com uma população de 10 milhões de habitantes, três vezes mais que a região de Irkutsk, consome nove mil milhões de metros cúbicos por ano.

O Executivo de Vladimir Putin tem usado as licenças de exploração para retomar o controlo do sector energético. O ano passado, o Governo russo não renovou a licença à Shell, alegadamente por questões ecológicas, no campo de Sakhalin-2, tendo passado a sua exploração para as mãos da companhia estatal Gazprom.

O consórcio TNK/BP já investiu 500 milhões de dólares (cerca de 372 milhões de euros) neste projecto, que poderá custar, no total, cerca de 18 mil milhões de dólares (13,3 mil milhões de euros) a desenvolver.

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