A PME Investimentos, cujo novo presidente, Nelson de Souza, foi eleito esta manhã em assembleia-geral, vai ser alvo de uma reorientação estratégica por parte do Governo, confirmou o Jornal de Negócios Online.

A empresa participada do IAPMEI, até agora com vocação de sociedade de capital de risco, vai passar a ter o carácter de sociedade gestora de investimentos.

"A PME Investimentos vai ser o novo braço operacional na área dos investimentos, deixando a vocação de capital de risco para a PME Capital", explicou o novo presidente da empresa em declarações ao Jornal de Negócios Online.

Esta reorganização estratégica faz parte dos trabalhos de preparação da nova "holding" para o sector do financiamento, cujo arranque inicialmente programado agora para o início do ano está "congelado", tal como o Jornal de Negócios hoje noticia.

"Os trabalhos que vão começar a ser feitos na PME Investimentos podem ser vistos como a preparação da ‘holding’, que ainda está atrasada", explicou outra fonte do Ministério da Economia e Inovação (MEI).

O projecto do Governo vai no sentido de constituir uma nova entidade empresarial para coordenar todos os instrumentos financeiros públicos de apoio ao investimento, hoje dispersos por várias entidades gestoras – IAPMEI, Turismo de Portugal, API e Agência da Inovação.

Para já, Nelson de Souza vai acumular a presidência da PME Investimentos com a coordenação do Gabinete de Gesta do PRIME – Programa de Incentivos à Modernização Empresarial. Na administração da empresa vão ter ainda assento, como vice-presidente, Joaquim Furtado, também administrador do IAPMEI, e Luís Filipe Costa que deixa a administração do IAPMEI para assumir em simultâneo a gestão executiva da PME Capital. A assembleia-geral desta empresa, cuja presidência será assumida pelo presidente do IAPMEI, Jaime Andrez, está, por sua vez, agendada para a próxima semana.

Segundo a edição de hoje do Diário Económico, a ideia é que no futuro, Nelson de Souza venha a assumir a presidência da referida "holding", isto depois de terminados os trabalhos de gestão do PRIME – cuja execução vai até ao final de 2008, apesar de o período de aplicação ter terminado no final de 2006.