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Governo nomeia 16 gestores este ano

O Governo vai ter que fazer algumas nomeações nos próximos tempos, por força do final de vários mandatos das administrações de empresas públicas em 2008. O Executivo, no entanto, poderá optar por manter as actuais administrações em gestão corrente nos próximos meses ou mesmo até depois das eleições.

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O Governo vai ter que fazer algumas nomeações nos próximos tempos, por força do final de vários mandatos das administrações de empresas públicas em 2008. O Executivo, no entanto, poderá optar por manter as actuais administrações em gestão corrente nos próximos meses ou mesmo até depois das eleições.

Uma das situações mais complicadas deverá ser a da Refer, em que o actual mandato do conselho de administração liderado por Luís Pardal terminou em 2008. À imagem do que acontece na CP, há sempre dificuldade nas nomeações, tanto por razões políticas como também de desgaste dos cargos de liderança em empresas tão complexas. A isso alia-se o facto de a Rave - Rede de Alta Velocidade ter a mesma adiministração, mas com o mandato a terminar mais tarde, já em meados deste ano.

Outro caso que dá sempre muito que falar é a TAP, onde o mandato terminou também no final de 2008. O presidente Fernando Pinto já demonstrou vontade em ficar e há uma forte possibilidade de isso acontecer.

A recondução de Silva Rodrigues à frente dos destinos da Carris também é provável. A figura do presidente da transportadora é bastante consensual, tendo o responsável já sido renomeado uma vez.

Nos aeroportos, a adminstração da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), liderada por José Queiroz, deverá manter-se em gestão corrente até a empresa ser integrada na ANA, o que já está confirmado.

Também nos aeroportos, a ANAM, gestora das infra-estruturas da Madeira, deverá também integrar o perímetro de privatização da ANA, sendo que o presidente é o mesmo, Guilhermino Rodrigues. Esta questão tem que estar resolvida a tempo do lançamento do concurso para a privatização da empresa e para o novo aeroporto de Lisboa.

Saúde com muitas mudanças

No sector da saúde são 12 as entidades públicas empresariais (EPE) cujos conselhos de administração terminaram os mandatos a 31 de Dezembro último (ver texto abaixo). Nesses casos, explicou fonte oficial do Ministério da Saúde, "estão a ser preparados os despachos" para confirmar, ou não, a continuação desses gestores.

"O facto de não estarem [ainda] nomeados não diminui em nada a capacidade de intervenção e exercício da administração", garantiu a mesma fonte. Os ministérios da Saúde e das Finanças não têm, para já, qualquer prazo para procederem à nomeação dos novos conselhos de administração. No entanto, já há algumas mudanças.

O "Correio da Manhã" indicou no mês passado que o hospital Garcia de Orta, em Almada, terá uma nova administração, que será liderada pelo ex-deputado socialista Nelson Baltazar. De acordo com a ministra da Saúde, haverá mais mudanças noutros hospitais.

Aliás, a dança das cadeiras não se limita ao sector da Saúde. Os rumores no sector dos transportes são muitos e as caras repetem-se. Por exemplo, gestores como o ex-presidente da Estradas de Portugal, António Laranjo, que tem feito uma carreira ligada às empresas públicas, podem saltar de novo para a ribalta. Neste momento, o responsável, que há alguns anos até foi dado como certo na TAP, está na Rave e é responsável pelos projectos das estações. Mas pode não ser por muito tempo, com tantos lugares a ficarem vagos nos próximos meses.

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