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Governo adia para Outubro anúncio do projecto da alta velocidade
O projecto da alta velocidade ferroviária (TGV) já não vai ser anunciado em Setembro, conforme tinha sido assegurado pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino.
O projecto da alta velocidade ferroviária (TGV) já não vai ser anunciado em Setembro, conforme tinha sido assegurado pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino.
A sessão pública sobre as novas opções do Governo para o maior investimento público português chegou a estar prevista para esta semana, mas foi adiada para meados de Outubro, já depois das eleições autárquicas.
Fonte do Ministério dos Transportes confirmou ao Jornal de Negócios o adiamento da sessão e justifica o reagendamento com razões de agenda.
Não há qualquer relação entre o adiamento da sessão e as eleições autárquicas ou alterações de última hora ao projecto, garantiu. A nova data deverá ser fixada em meados de Outubro, mês para o qual está também prevista a divulgação do projecto do novo aeroporto internacional da Ota.
O primeiro-ministro José Sócrates poderá estar presente na sessão.
A decisão de avançar com os dois projectos tem vindo a ser alvo de forte contestação por parte sobretudo de economistas desde o anúncio do PIIP (Programa de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias), no início de Julho. Dias depois, as reservas públicas do então ministro das Finanças, Campos e Cunha, em relação aos grandes projectos públicos levaram à sua substituição por Teixeira dos Santos.
No entanto, nem o novo ministro, nem a garantia de que uma comissão conjunta das Finanças e da Obras Públicas iria acompanhar os grandes investimentos públicos, acalmaram os economistas subscritores de um manifesto publicado em Agosto.
Estes economistas exigem conhecer os estudos detalhados, sobretudo de procura e viabilidade económica, que fundamentaram a decisão política. O ministro avaliou que essa informação seria revelada para o projecto de alta velocidade, em Setembro, e para o aeroporto da Ota, em Outubro.
A opção por construir uma nova linha de raiz de TGV na ligação entre Lisboa e Porto, ao contrário da opção faseada do anterior Executivo, que deixava para depois as entradas em Lisboa e Porto, e a parametrização da linha Lisboa/Madrid para tráfego misto (passageiros e mercadorias) do lado português, deverão ser as duas principais alterações ao projecto.