O Goldman Sachs reviu em alta a recomendação para as acções da EDP, de "neutral" para "comprar", bem como o preço-alvo, que aumentou em 6% de 3,3 para 3,5 euros.

O novo "price target" confere um potencial de valorização de 34,6% à empresa liderada por António Mexia face aos 2,60 euros a que negoceia esta manhã.

A subida da recomendação da eléctrica reflecte, no entender do banco de investimento norte-americano, o seu forte desconto face ao sector – o que mais do que compensa o impacto negativo do seu ajustamento às licenças de emissão de CO2.

No passado dia 24 de Agosto, o Goldman tinha descido o preço-alvo da EDP de 3,40 euros para 3,30 euros, depois de os analistas terem incorporado o efeito de uma melhoria “marginal” no EBITDA, no período entre 2010 e 2012, compensada pelo agravamento do total da dívida estimada. Nessa mesma altura, o banco reiterou a recomendação de “neutral” para a eléctrica nacional.

A equipa de “research” do Goldman considera que o sector das “utilities” beneficia das baixas taxas de juro e da subida dos preços das matérias-primas energéticas, mas que isso é ofuscado por um maior risco político.

Entre outras mexidas no sector, o Goldman cortou a recomendação da A2A, do Drax Group e da Iberdrola Renovables. Com uma subida de recomendação estão também a Pennon, Red Electrica e Enagas.

A EDP Renováveis, por seu lado, viu a recomendação ser mantida em “comprar”, mas o preço-alvo foi cortado de 6,8 para 6,3 euros – o que, ainda assim, confere à empresa liderada por Ana Maria Fernandes um potencial de valorização de 42,5% face aos 4,421 euros a que negoceia esta manhã.

As restantes empresas do sector renovável que são alvo de cobertura pelo Goldman Sachs – Acciona, EDF Energies Nouvelles e Iberdrola Renovables - observaram igualmente um corte nos seus preços-alvo. Em termos de recomendação, todas mantiveram, excepto a Iberdrola Renovables, que passou de “comprar” para “neutral”.

Destas quatro empresas, o Goldman considera que a EDPR e a Acciona são as que oferecem o melhor valor.