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Gigante brasileiro compra fábrica de sumos de laranja no Algarve

A Sucocítrico Cutrale, uma empresa brasileira que detém 30 por cento da quota mundial do comércio de sumos de citrinos, acaba de comprar uma fábrica de sumo de laranja situada no concelho de Silves, no Algarve.

04 de Setembro de 2008 às 19:51
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A Sucocítrico Cutrale, uma empresa brasileira que detém 30 por cento da quota mundial do comércio de sumos de citrinos, acaba de comprar uma fábrica de sumo de laranja situada no concelho de Silves, no Algarve.

Em declarações à Lusa, o responsável pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPAlg) confirmou a notícia avançada pelo jornal "Barlavento" segundo a qual a Sucocítrico Cutrale adquiriu recentemente a Fábrica Lara, que até há pouco tempo pertenceu a uma sociedade espanhola e cujo negócio era transformar a laranja em sumo, aproveitando, igualmente, a casca daquele citrino.

"A próxima campanha da laranja, que arranca em dentro de poucos dias, e a transformação em sumo, já vai ser gerida pela empresa brasileira", informou o director da DRAPAlg, Castelão Rodrigues, salientando que a Cutrale, que tem sete fábricas no Brasil e já entrou no mercado asiático, encontrou no Algarve a porta para se instalar no mercado europeu dos sumos de laranja.

Na transferência de proprietários ficou garantido que os actuais 25 trabalhadores da empresa - a maioria portugueses - vão ser mantidos em funções não indo para o desemprego, disse à Lusa fonte da empresa Lara.

A Cutrale, empresa familiar considerando pela revista norte-americana Forbes, como estando entre as 500 empresas mais ricas do mundo, tem no Brasil 45 mil hectares de pomares de citrinos e na Califórnia (EUA) 20 mil hectares.

Esta compra da fábrica de sumos de laranja em Silves é "extremamente importante" para a região, admitiu Castelão Rodrigues, referindo que os empresários brasileiros já lhe transmitiram a vontade de investir mais naquela pequena indústria de Silves.

"Ao virem para o Algarve, e daquilo que já me manifestaram, querem investir mais na fábrica e na produção de laranja para garantir fruta suficiente para a fábrica".

Para Castelão Rodrigues este transacção vai ser benéfica para todo o sector citrícola no Algarve porque os espanhóis tinham a fábrica Lara "mais por questões sentimentais" e "o negócio deles era imobiliário e não citrinos".

"A grande diferença é que estes só comercializam com citrinos e têm um know-how muito maior", acrescentou.

Os citrinos algarvios continuam a ser um dos mais importantes sectores da agricultura algarvia, região que por ano produz cerca de 300 mil toneladas de laranjas e limões.

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