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Gestor de Isabel dos Santos: “Estamos para ficar em Portugal”
Mário Leite da Silva, o gestor dos negócios da empresária angolana em Portugal, afastou liminarmente qualquer cenário de saída de Isabel dos Santos da Galp e da Efacec. “Os nossos investimentos mostram que estamos cá numa perspetiva de longo prazo”, afirmou ao Negócios.
"A Isabel dos Santos e o histórico dos nossos investimentos em Portugal o que mostram é que quando entramos nos investimentos entramos numa perspetiva de estabilidade de longo prazo, de criar valor, de investir, de criar postos de trabalho qualificados. É isso que temos vindo a fazer", afirmou, ao Negócios, Mário Leite da Silva, um dos "braços-direitos" de Isabel dos Santos em Portugal.
O gestor dos interesses da empresária angolana em Portugal falava ao Negócios no final da visita do comissário europeu Carlos Moedas à Efacec, esta quinta-feira, 7 de fevereiro.
Questionado sobre a saída da angolana ENDE (Empresa Nacional de Distribuição de Eletricidade) da estrutura acionista da Efacec, que terá sido ordenada pelo presidente de Angola, Mário Leite da Silva respondeu: "Não sei qual é a saída a que se refere, tem que colocar a questão à ENDE."
Isabel dos Santos controla a sociedade Winterfell, onde a ENDE possui uma participação de 15% e que detém cerca de 75% do capital da Efacec.
O chairman da Efacec e representante da Winterfell afirmou, ainda ao Negócios, que os acionistas estão "profundamente satisfeitos com os resultados alcançados" na empresa, os quais "demonstram o acerto na estratégia definida", considerou.
"E estamos para ficar - numa perspectiva de estabilidade, criação de postos de trabalho e de valor", rematou Mário Leite da Silva.
Isabel dos Santos chegou à Efacec no final de 2015, ano em que a empresa teve mais de 90 milhões de euros de prejuízos, e tudo mudou. Em 2007, a empresa obteve lucros de 7,5 milhões de euros, quase duplicando os 4,3 milhões registados no ano anterior.
Em termos de facturação, a Efacec fechou 2017 nos 431,7 milhões de euros, o que traduz um crescimento homólogo de 200 mil euros. Sobre a performance da empresa no ano passado, o CEO Ângelo Ramalho afirmou que só em Abril próximo é que serão reveladas as contas do grupo.
(Notícia atualizada, pela segunda vez, às 13:38 com mais declarações)