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Galp termina 2007 com lucros ajustados de 418 milhões de euros

A Galp Energia terminou o exercício de 2007 com um resultado líquido ajustado de 418 milhões, o que ficou abaixo da previsão dos analistas consultados pela agência Reuters, que apontavam para lucros na média dos 457,2 milhões de euros, anunciou a empresa

05 de Março de 2008 às 18:28
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A Galp Energia terminou o exercício de 2007 com um resultado líquido ajustado de 418 milhões, o que ficou abaixo da previsão dos analistas consultados pela agência Reuters, que apontavam para lucros na média dos 457,2 milhões de euros, anunciou a empresa em comunicado divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este resultado líquido é equivalente a um resultado por acção de 0,50 euros. A petrolífera acrescenta que o resultado líquido, no mesmo período, incluindo o efeito "stock" e os eventos não recorrentes, foi de 777 milhões de euros, equivalente a 0,94 euros por acção. Este valor de 777 milhões de euros é o mais elevado de sempre.

O resultado líquido ajustado de 418 milhões de euros compara com os 413 milhões de euros obtidos um ano antes, enquanto o resultado líquido de 777 milhões de euros é comparável com os 755 milhões de euros verificados em 2006.

"Numa base pro forma, que exclui o efeito da venda das actividades de gás natural, o resultado líquido ajustado aumentou 1,4% em 2007 face aos 413 milhões de euros do ano anterior", fruto da melhoria de resultados nos segmentos de Exploração & Produção e Gás & Power, que compensaram a quebra de resultados na área da Refinação & Distribuição, diz a empresa em comunicado.

Queda do dólar penaliza

No quarto trimestre, o resultado líquido foi de 188 milhões de euros, o que equivale em termos ajustados a 42 milhões de euros, o que representa uma descida de 55,5% face ao mesmo período de 2006. Este comportamento é explicado pelo contribuição positiva do Gas & Power que beneficiou da reduzida capacidade hídrica para aumentar as vendas aos segmentos eléctrico e de trading, anulada pelo comportamento menos favorável da área de Refinação & Distribuição.

Este segmento foi condicionado pelas operações de manutenção de refinarias, pela quebra nas margens de refinação internacionais, pela desvalorização do dólar face ao euro e pela subida do preço do crude.

A petrolífera acrescentou, também, que as receitas ascenderam a 2.557 milhões de euros, enquanto o EBITDA ajustado avançou 0,5% e fixou-se nos 891 milhões de euros.

As vendas e prestações de serviços cresceram 3% no ano de 2007 para os 12.560 milhões de euros, enquanto o resultado operacional ajustado cresceu 0,7% para os 621 milhões de euros.

Os outros proveitos operacionais líquidos ascenderam a 70 milhões de euros, o que equivale a um recuo de 78,7% face a 2006, ano em que se deu a inclusão de eventos não recorrentes relativos à mais-valia de 241,2 milhões de euros na venda de activos de gás natural à REN e a reposição da monobóia na refinaria do Porto por 38,9 milhões de euros.

"O aumento da actividade do segmento de Exploração & Produção, fruto do aumento da produção, e do Gás & Power em base comparável, influenciado por maiores volumes vendidos, permitiu compensar os menores resultados do segmento de Refinação & Distribuição dada a desvalorização do dólar e a forte subida do preço do crude, que afectaram negativamente os resultados", afirma o comunicado.

As vendas de gás natural cresceram 17% para os 5.377 milhões de metros cúbicos, enquanto o investimento subiu 33% para os 466 milhões de euros, sendo que 41% deste montante foi destinado ao segmento de Exploração & Produção.

A empresa liderada por Ferreira de Oliveira conseguiu um aumento de 3% na margem de refinação para os 5,5 dólares por barril, sendo que a desvalorização da moeda americana levou a uma diminuição de 6% para os 4 euros por barril. A cobertura da actividade de refinação pela actividade de distribuição de produtos petrolíferos cresceu de 68% para 72%.

Em comunicado, a Galp anuncia que a existência de "reservas provadas e prováveis de 31 milhões de barris no Bloco 14 e 742 milhões de barris de recursos contingentes no Bloco 14, 14K e 32 em Angola e no Tupi no Brasil".

"Os eventos não recorrentes relativos a 2007 referem-se essencialmente a uma mais-valia na alienação de activos, nomeadamente a venda dum barco pela Sacor Marítima, empresa responsável pelas actividades de ‘shipping’ do grupo Galp Energia, a uma parte do acerto do preço dos activos alienados à REN no processo se spin-off do gás natural e à recuperação de custos incorridos no despacho de crude em Angola. Que passaram a ser recuperáveis ao abrigo do PSA vigente", concluiu a empresa.

A empresa divulgou, também, a proposta de um dividendo e 0,32 euros por acção, o que corresponde a um "payout" de 63,4% sobre o resultado líquido ajustado.

As acções da Galp Energia [GALP PL] fecharam com uma queda de 0,65% para os 15,30 euros.

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