A Galp Energia vai retomar as negociações para a venda da Sacor Marítima, armador do grupo que assegura o abastecimento de petróleo e produtos petrolíferos. O processo de venda iniciou-se no Verão passado com uma consulta ao mercado, mas outras prioridades do grupo, absorvido com a reestruturação da energia, terão levado a que o "dossier" não evoluísse muito.

Segundo o Jornal de Negócios soube, e depois de uma fase de consultas iniciais, passaram a fase de negociação três grupos europeus, dos quais pelo menos um é espanhol. Não há empresas portuguesas na corrida, uma vez que o candidato mais forte, a Soponata do grupo Mello, que é a única armadora de petróleo em Portugal, não mostrou interesse nesta operação.

Em causa poderá estar a venda de 100% da Sacor, uma das empresas que esteve na origem da criação da Petrogal, mas também um contrato de abastecimento de petróleo as refinarias da Galp, já que fontes do mercado contactadas pelo Jornal de Negócios sublinham que a Sacor por si só não é um activo muito interessante a não ser que venha acompanhada de um contrato de longa duração para fornecer a Galp, até porque a frota de butaneiros (barcos de transporte de produtos petrolíferos ao longo da costa) tem uma idade média elevada e a maioria só tem cascos simples, menos resistentes em caso de acidente, o que obrigará os accionistas a realizar elevados investimentos em novas embarcações.

(noticia integral na edição de hoje do Jornal de Negócios)