A Galp Energia prevê que o lançamento dos novos combustíveis Hi Energy, disponíveis a partir de hoje do mercado, contribuam com «2% a 2,5%» para o crescimento previsto nas receitas da empresa, no espaço de um ano, disse em conferência de imprensa Nuno Moreira Cruz, administrador da Galp Energia Retalho.

Moreira Cruz, sem referir o valor do investimento para o lançamento deste produto, avançou que «o retorno é algo previsível dentro de três a quatro anos».

Os combustíveis deverão representar «cerca de 70%» da facturação total da Galp Energia disse Moreira Cruz. No negócio do retalho, a Galp vende cerca de 2,5 mil milhões de litros de combustível por ano.

A Galp, nesta área, tem uma quota de mercado de 43% em Portugal, sendo que em 2003 «vai mudar muito, porque estamos envolvidos em muitos projectos de swap para Espanha» advertiu o mesmo responsável, afirmando que «o normal é que essa quota reduza para cerca de 40%».

«O normal é que nós desçamos para uma fronteira que nunca deverá andar abaixo dos 35%» de quota de mercado, concluiu o administrador.

A Galp, a partir de hoje, tem nos seus postos de abastecimento a gasolina Hi Energy 95, 98 e o gasóleo, que possibilitam melhor combustão, menores emissões e menor consumo.

O consumidor não irá pagar mais por este novo produto, sendo o custo totalmente assegurado pela Galp.

A empresa nacional, apesar de ainda não ter definido quando o lançamento deste produto em Espanha, também não pretende aumentar o valor do preço destes novos combustíveis, aquando do lançamento no país.

Galp investe 500 mil euros em publicidade para lançamento de Hi Energy

Miguel Setas, director de marketing da empresa, revelou que a Galp realizou um «investimento que não irá passar os 500 mil euros», adequado «a um ano de crise».

Este investimento irá traduzir-se em campanhas de televisão e rádio, que terão inicio para a semana, com a duração de três semanas, em publicidade nos postos de abastecimento, entre outros.

Galp pretende vender entre 10 a 15% da CLC à Repsol e à Cepsa

A Galp está «em negociações» com a Repsol e com a Cepsa, para a venda de entre 10 a 15% da CLC afirmou Moreira Cruz, salientando que este «é um objectivo, como foi na venda da CLH, do lado de lá».

A Galp tem o direito de opção de adquirir mais 5% da CLH, em Espanha, até ao final do ano.

Quanto à troca de postos que a Galp têm vindo a realizar, Moreira Cruz disse aos jornalistas que «neste momento não há nada que irá acontecer nos próximos tempos», reforçando que «estamos muito satisfeitos com as duas trocas que fizemos, no caso da Total, com quase 100 estações e da Cepsa, cerca de 20%».

«A Galp, em Madrid, já tem uma quota de 10%. Uma empresa que já é visível», apesar da mudança da imagem ainda não está concretizada.

Galp investe cinco milhões de euros em segurança em 2002

A Galp investiu «cinco milhões de euros» na segurança dos seus postos de abastecimento, em consequência dos sucessivos assaltos de que tem sido alvo, afirmou o administrador.

Moreira Cruz deu conta aos jornalistas que ontem, mais um posto da Galp, em Cascais, foi assalto e que o que está situado na 2ª Circular foi encerrado à noite, por motivos de segurança.

Em 2003, a empresa «prevê pelo menos duplicar» este investimento, concluiu o administrador da empresa.

Por Ana Pereira