A Galp Energia desistiu de investir na produção e exploração de petróleo no Brasil, onde controla quatro explorações de petróleo com parceiros, disse António Mexia, presidente da Galp Energia, ao Negocios.pt, afirmando que «a nossa prioridade é Espanha».

À margem do congresso luso-espanhol subordinado ao tema «O mercado ibérico de energia», António Mexia referiu ao Negocios.pt que «não estamos interessados em mais blocos no Brasil».

A presença da Petrogal, subsidiária para a área petrolífera da Galp Energia, na exploração de petróleo no Brasil iniciou-se em Outubro de 2000, altura em que o consórcio formado pela empresa liderada por António Mexia garantiu dois blocos petrolíferos, um na Bacia de Santos outro na Bacia de Campos.

Este ano, a petrolífera nacional garantiu a produção e exploração de mais dois blocos petrolíferos no mercado brasileiro.

«Temos que nos focalizar em Espanha», acrescentou António Mexia, onde a empresa pretende alcançar mais de 800 postos de combustíveis.

Estas declarações surgem na sequência da Agência Nacional de Petróleo, entidade estatal brasileira, ter avançado, ontem, que vai leiloar 55 áreas para exploração e produção de petróleo em meados de 2002.

Em relação à actuação no mercado brasileiro, António Mexia escusou-se a especificar se mantém o interesse na área de distribuição de combustíveis, visto que a prioridade passou a ser Espanha.

A Galp Energia quer obter uma quota do mercado na Península Ibérica de 16% na área de distribuição de combustíveis, sendo que em Espanha, a empresa nacional vai privilegiar a Agip que é detida pela italiana ENI, actual accionista da empresa, no que respeita à celebração de parcerias.

A Galp Energia vai realizar a sua oferta pública de venda (OPV) inicial para entrada na Bolsa nacional, no primeiro semestre de 2002.