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Galp diz que agiu "em conformidade com a lei" e tem "confiança" nos tribunais

A Galp já reagiu à acusação do Ministério Público a 18 dos arguidos do caso das viagens ao Euro 2016. Diz ter "toda a confiança de que os tribunais virão a reconhecer as suas razões".

João Santos/Correio da Manhã
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A Galp já reagiu à decisão do Ministério Público, que acusou 18 dos arguidos envolvidos no caso das viagens aos jogos do Euro 2016, pagas pela empresa a vários responsáveis do atual Governo. A petrolífera garante que agiu "em conformidade com a lei" e diz ter "toda a confiança" nos tribunais.

"A Galp tomou conhecimento da decisão do Ministério Público (de arquivamento de parte e de acusação de outros) relativa ao chamado caso das viagens aos jogos do Euro 2016", começa por referir a empresa, num esclarecimento enviado ao Negócios.

A empresa assegura ainda que "colaborou, desde o primeiro momento, com o Ministério Público, disponibilizando toda a informação sobre os convites dirigidos a clientes, fornecedores e entidades institucionais". E sublinha: "Os convites foram feitos pela Galp enquanto patrocinadora da Seleção Nacional, em conformidade com a lei e com as práticas e tradições seguidas no país ao longo dos anos, no âmbito de patrocínios empresariais".

Agora, a petrolífera diz que vai "acompanhar as próximas fases do processo" e garante que tem "toda a confiança de que os tribunais virão a reconhecer as suas razões".

Questionada pelo Negócios, a Galp indica ainda que, estando "convicta de que os tribunais virão a reconhecer a sua posição nesta matéria, não estão previstas medidas para os colaboradores em questão".

O Ministério Público comunicou, esta sexta-feira, 10 de maio, que arquivou oito das situações que estavam a ser investigadas neste caso e deduziu acusação contra 18 arguidos, suspeitos de terem praticado crimes de recebimento indevido de vantagem. Em causa, o facto de responsáveis da Galp, "atuando no interesse" da empresa, terem endereçado convites a várias pessoas que exerciam funções ou cargos públicos para assistirem a jogos da seleção nacional no Euro 2016, suportando todos os custos.

Entre os acusados, estão os antigos secretários de Estado Fernando Rocha Andrade e Jorge Costa Oliveira, que renunciaram aos cargos quando foram constituídos arguidos, no verão de 2017. A acusação pende ainda sobre duas empresas do grupo Galp e sete responsáveis ou colaboradores destas empresas. Entre eles, está Carlos Costa Pina, administrador da empresa e ex-secretário de Estado do Governo de José Sócrates.

Notícia atualizada às 12h30 com mais informação.
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