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Futuro da Papelaria Fernandes é hoje decidido em assembleia de credores

Hoje é o "dia D" para a Papelaria Fernandes, já que decorre a assembleia de credores em que será discutido e votado o plano de insolvência que foi apresentado ao tribunal pelo administrador da insolvência no último dia de Agosto.

02 de Dezembro de 2009 às 07:20
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Hoje é o 'dia D' para a Papelaria Fernandes, já que decorre a assembleia de credores em que será discutido e votado o plano de insolvência que foi apresentado ao tribunal pelo administrador da insolvência no último dia de Agosto.

Fonte oficial da Papelaria Fernandes admitiu à agência Lusa a possibilidade de serem propostos aos credores "planos de recuperação distintos" do que foi apresentado ao Tribunal do Comércio pelo administrador da insolvência, Carlos Cintra Torres, sem adiantar mais detalhes.

No início de Setembro, a Lusa noticiou a existência de um plano de recuperação apresentado por um grupo de investidores para salvar o negócio de retalho da Papelaria Fernandes, que agora se sabe que é encabeçado por José Morgado Henriques, presidente e accionista da empresa com uma participação de 25% no seu capital social.

No âmbito desse plano os proponentes ficariam com a exploração, com opção de compra, mediante o pagamento de uma renda indexada ao volume de negócios, que servirá para pagar aos credores.

Carlos Cintra Torres revelou então que lhe "pareceram válidos os pressupostos do plano esboçado", mas este dependerá da concretização da proposta e da sua aceitação pelos credores, que terão de votá-la em assembleia, agora marcada pelo Tribunal do Comércio para 02 de Dezembro, com início marcado para as 10h00.

"Espero, por respeito também às pessoas que lá trabalham, que dia 2 [de Dezembro] a empresa seja viabilizada ou pela aquisição, quer do grupo de investidores que eu encabeço, quer por outras entidades quaisquer", afirmou José Morgado Henriques, numa entrevista recente ao Jornal de Negócios.

O BCP tem a maioria (58%) do valor total dos créditos devidos pela empresa, que ascendem a 62 milhões de euros, e por isso depende dele a aprovação de qualquer plano. O Banif, o Crédito Agrícola e o Tesouro português, entre outros, também figuram na lista de credores.

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