O volume global de Fusões e Aquisições (F&A) recuou no terceiro trimestre, para um nível não visto desde 2009, com as preocupações de que a recuperação da economia mundial se está a deteriorar.

As companhias anunciaram negócios no valor de 446 mil milhões de dólares desde finais de Junho, o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2009, segundo os dados compilados pela Bloomberg.

O maior negócio do trimestre foi protagonizado pela proposta de aquisição feita pela petrolífera Cnooc, pela Nexen, a única operação acima dos 10 mil milhões de dólares no período.

Em termos anuais, o volume de F&A regista agora uma queda de 15% em 2012, nos dois biliões de dólares, o valor mais baixo em três anos.

A descida dos negócios foi mais evidente na Europa, região que se debate com a crise da dívida soberana, onde as aquisições somaram 92 mil milhões de dólares, representativos de 21% da actividade a nível global, a menor contribuição do continente desde 2010.

“Os executivos têm a liquidez, mas não têm a convicção”, realçou Andrew Bednar, da Perella Weinberg Partners, à Bloomberg, adiantando que não prevê uma recuperação num futuro próximo.

Os receios de um agravamento da crise financeira na Europa, que poderá afectar a economia global, tem levado as empresas a manterem uma posição cautelosa neste tipo de negócios, privilegiando a liquidez.