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Fundos portugueses fogem da banca e apostam na energia

A lista das acções em que os fundos mais investem deixou de contemplar o BCP e o BES, mostrando que os gestores dos fundos portugueses estão a fugir da banca e a apostar na energia.

10 de Março de 2008 às 18:33
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A lista das acções em que os fundos mais investem deixou de contemplar o BCP e o BES, mostrando que os gestores dos fundos portugueses estão a fugir da banca e a apostar na energia.

De acordo com o relatório hoje enviado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na lista das 10 acções em que os fundos portugueses mais investem, não consta qualquer banco.

No final de 2007, 5,7% da carteira dos fundos estava aplicado em BCP e 3,5% em Banco Espírito Santo. Na lista de Fevereiro, a Portucel surge em 10º lugar, com um peso de 3,4% das carteiras dos fundos, pelo que cada um dos três maiores bancos nacionais cotados tem agora um peso inferior a 3,4%, algo inédito nos últimos meses.

A crise financeira e a expectativa de que os bancos teriam que recorrer a um aumento de capital, o que se confirmou no caso do BCP e BPI, explicam a decisão dos gestores de fundos continuarem a reduzir a exposição a este sector, que é o que mais perde este ano na praça portuguesa.

Pelo contrário, no topo das acções preferidas, destaca-se outro sector, o das energias. A Galp Energia conserva o estatuto de acção preferida dos fundos, apesar do investimento ter descido 3,2% para 130 milhões de euros. O investimento na EDP recuou 22% para 77,3 milhões de euros, mas a eléctrica surge em segundo lugar.

Cimpor (+6,5%), Sonae SGPS (+2,4%) e Jerónimo Martins (+1,3%) completam o "ranking" das cinco acções favoritas dos fundos, enquanto a Martifer (em 8º lugar), a Sonae Indústria (9º) e Portucel (10º) se destacam pelos crescimentos verificados em Fevereiro. Os investimentos nestas empresas aumentaram 8,1%,16,8% e 29,2%, respectivamente.

Mas a tendência dos gestores de fundos aponta para a redução dos investimentos em acções. O volume investido no mercado accionista português recuou 4,2% para 947,7 milhões de euros, descendo abaixo da barreira dos mil milhões de euros.

A queda do investimento em Portugal, considerando outros títulos além das acções, foi ainda mais acentuado: 9,8% para 1,288 mil milhões de euros.

O relatório da CMVM revela ainda que o valor sob gestão dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários (OICVM) foi de 19.538,7 milhões de euros, que traduz um decréscimo de 4,3% relativamente ao mês anterior.

 

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