Notícia
Fundos imobiliários portugueses privilegiam serviços em vez do turismo
Os fundos portugueses de investimento imobiliário têm 29% do seu capital aplicado no sector de serviços e apenas 5% destinado a projectos turísticos, indica um relatório hoje divulgado pela consultora DTZ, sobre o mercado dos fundos em 2007.
30 de Junho de 2008 às 13:15
Os fundos portugueses de investimento imobiliário têm 29% do seu capital aplicado no sector de serviços e apenas 5% destinado a projectos turísticos, indica um relatório hoje divulgado pela consultora DTZ, sobre o mercado dos fundos em 2007.
Os fundos imobiliários tinham no final do ano passado mais de 2,5 mil milhões de euros investidos em serviços (escritórios principalmente), 1,5 mil milhões de euros em retalho, quase 1,4 mil milhões no segmento residencial, mais de mil milhões em projectos industriais e cerca de 400 milhões de euros no segmento turísticos, de acordo com a informação da DTZ, baseada nos relatórios e contas de 2007 dos fundos disponibilizados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e na informação da APFIPP – Associação Portuguesa dos Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios.
“A análise do investimento por tipo de activo revela que 57% dos imóveis se encontram arrendados, 19% são terrenos, 14% estão em construção e 10% apresentam-se devolutos”, explica a mesma consultora.
No contexto dos fundos que estavam activos em 2007, está previsto que 72 desses fundos, correspondentes a um volume gerido de 1.300 milhões de euros, encerrem em 2016. É o ano em que fecharão mais fundos imobiliários dos que actualmente existem.
A taxa de disponibilidade (ou desocupação) é em média de 12% nos projectos imobiliários associados a fundos, sendo muito maior nos fundos especiais de investimento imobiliário (22%) do que nos fundos de investimento imobiliário abertos (8%). Por sectores, a maior desocupação é nos fundos que investem em habitação (55%) e a menor é no turismo (7%).
O volume líquido sob gestão no final de 2007 era de cerca de 10.500 milhões de euros, geridos por 34 sociedades gestoras.
Maxirent tem o retorno mais alto e o BPN Real Estate o mais baixo
A análise da DTZ indica que é nos fundos a dez anos que a rendibilidade média esperada é maior, com 5,7%, embora seja possível encontrar nos fundos fechados de rendimento a três anos uma taxa elevada, de 8,9%. Individualmente, o fundo Maxirent, gerido pela Refundos, é o que gera maior retorno aos investidores, ao contrário do fundo BPN Real Estate.
“O fundo Maxirent continua a obter as rentabilidades mais elevadas em todos os anos, tendo no ano de 2007 atingido uma rentabilidade de 7,5%. Pela negativa destacam-se os desempenhos menos positivos, em 2007, dos fundos BPN Real Estate (0%) e BPN Imoglobal (1,7%), por serem fundos de promoção”, aponta a DTZ.
Os fundos fechados apresentam uma rentabilidade mais elevada que os fundos abertos na maioria dos anos, sendo a única excepção a rendibilidade a dois anos, em que os fundos abertos registam valores superiores.
Das sete maiores sociedades gestoras, a Norfin e o Santander Asset Management foram as únicas que cresceram em termos de quota de mercado, quando comparadas com o ano anterior, passando a representar, respectivamente, 6,4% e 8,2% do volume sob gestão. A ESAF continua a ser a maior sociedade gestora, com 12,3% de quota, seguida pela Fundimo, com 12,2%, e do BPN Imofundos, com 11%.
Os fundos imobiliários tinham no final do ano passado mais de 2,5 mil milhões de euros investidos em serviços (escritórios principalmente), 1,5 mil milhões de euros em retalho, quase 1,4 mil milhões no segmento residencial, mais de mil milhões em projectos industriais e cerca de 400 milhões de euros no segmento turísticos, de acordo com a informação da DTZ, baseada nos relatórios e contas de 2007 dos fundos disponibilizados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e na informação da APFIPP – Associação Portuguesa dos Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios.
No contexto dos fundos que estavam activos em 2007, está previsto que 72 desses fundos, correspondentes a um volume gerido de 1.300 milhões de euros, encerrem em 2016. É o ano em que fecharão mais fundos imobiliários dos que actualmente existem.
A taxa de disponibilidade (ou desocupação) é em média de 12% nos projectos imobiliários associados a fundos, sendo muito maior nos fundos especiais de investimento imobiliário (22%) do que nos fundos de investimento imobiliário abertos (8%). Por sectores, a maior desocupação é nos fundos que investem em habitação (55%) e a menor é no turismo (7%).
O volume líquido sob gestão no final de 2007 era de cerca de 10.500 milhões de euros, geridos por 34 sociedades gestoras.
Maxirent tem o retorno mais alto e o BPN Real Estate o mais baixo
A análise da DTZ indica que é nos fundos a dez anos que a rendibilidade média esperada é maior, com 5,7%, embora seja possível encontrar nos fundos fechados de rendimento a três anos uma taxa elevada, de 8,9%. Individualmente, o fundo Maxirent, gerido pela Refundos, é o que gera maior retorno aos investidores, ao contrário do fundo BPN Real Estate.
“O fundo Maxirent continua a obter as rentabilidades mais elevadas em todos os anos, tendo no ano de 2007 atingido uma rentabilidade de 7,5%. Pela negativa destacam-se os desempenhos menos positivos, em 2007, dos fundos BPN Real Estate (0%) e BPN Imoglobal (1,7%), por serem fundos de promoção”, aponta a DTZ.
Os fundos fechados apresentam uma rentabilidade mais elevada que os fundos abertos na maioria dos anos, sendo a única excepção a rendibilidade a dois anos, em que os fundos abertos registam valores superiores.
Das sete maiores sociedades gestoras, a Norfin e o Santander Asset Management foram as únicas que cresceram em termos de quota de mercado, quando comparadas com o ano anterior, passando a representar, respectivamente, 6,4% e 8,2% do volume sob gestão. A ESAF continua a ser a maior sociedade gestora, com 12,3% de quota, seguida pela Fundimo, com 12,2%, e do BPN Imofundos, com 11%.