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Fundação EDP reforça orçamento em 55%

Com projectos em Angola e na Venezuela, a Fundação EDP irá em 2012 reforçar o seu orçamento para 22,9 milhões de euros, dando continuidade a projectos de cariz social que vêm de anos anteriores, e lançando novas apostas, como um "parque fotovoltaico solidário" que dará descontos na factura eléctrica a várias instituições.

16 de Março de 2012 às 16:13
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O artista Pedro Cabrita Reis amarelou a barragem da Bemposta.
A Fundação EDP aumentou em quase 55% o seu orçamento para 2012, devendo este ano aplicar nos seus projectos um total de 22,9 milhões de euros, que comparam com os 14,8 milhões em 2011.

Os números foram hoje apresentados pela Fundação EDP, que este ano contará com 40% de receitas externas ao grupo EDP, decorrentes, entre outros, de projectos que a entidade desenvolverá em Angola e na Venezuela.

O administrador da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, lembrou, na apresentação dos novos projectos da instituição, a polémica em torno das intervenções artísticas em várias barragens. “Não se pode reduzir a intervenção da EDP a paredes amarelas”, afirmou Sérgio Figueiredo, notando que os projectos da Fundação EDP abrangem também a inovação social.

As iniciativas neste domínio, que em muitos casos envolvem parcerias com instituições de solidariedade social, representam 49,7% do orçamento da Fundação EDP.
No que respeita a 2011, os projectos de voluntariado absorveram 1,07 milhões de euros, as exposições receberam igual montante, o apoio a ópera e bailado teve 733 mil euros, o programa EDP Solidária recebeu 650 mil euros e as barragens 328 mil euros.

No total, das principais rubricas do orçamento, o mecenato da Fundação EDP custou 7,1 milhões de euros em 2011, os custo de estrutura 3,3 milhões e as actividades próprias 3,7 milhões.

Fundação quer lançar central solar para apoiar instituições

Quanto a 2012, a Fundação EDP tem novas iniciativas. Além de pretender levar electricidade e fornos solares a povoações em locais remotos em Angola e na Venezuela, a instituição quer chamar os portugueses a contribuir com fundos para instituições de solidariedade social.

Segundo Sérgio Figueiredo, a Fundação EDP pretende desenvolver uma central solar fotovoltaica, cujas vendas de electricidade serão utilizadas como descontos às facturas de electricidade de várias instituições de solidariedade social, que beneficiarão desses mesmos descontos mediante o cumprimento de vários requisitos.

Para este projecto a Fundação EDP procurará recolher apoios dos clientes da EDP. “Isto só tem a ambição e dimensão que os portugueses pretendam que tenha”, salientou o administrador da Fundação EDP. Em causa está uma iniciativa em que a EDP irá colocar dois euros por cada euro doado pelos portugueses para a instalação da central solar.

A Fundação EDP acredita que a central solar conseguirá, já no primeiro ano, atingir uma potência de 0,84 megawatts (MW), que permitirão produzir 1,2 gigawatt hora de electricidade.

“Gostaríamos que no primeiro ano esta campanha possa apoiar instituições com 10 mil beneficiários”, disse Sérgio Figueiredo. Para tal, a Fundação EDP prevê aplicar 220 mil euros, o que supõe que as expectativas de angariação de fundos juntos dos portugueses ascende a 110 mil euros.

Segundo o presidente da Fundação EDP, a opção por uma central solar, em vez de produção fotovoltaica descentralizada, deveu-se ao facto de nem todas as instituições terem capacidade para instalar a sua própria unidade de microprodução.

Sérgio Figueiredo destacou ainda, como metas da entidade, “retirar a Fundação EDP do papel de mero distribuidor de cheques”. “O que fazemos é participar num processo de transformação de comportamentos colectivos”, acrescentou.
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