A Ford registou um prejuízo de 2,7 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) em 2007, um valor que compara com o recorde de 12,6 mil milhões de dólares (8,6  mil milhões de euros) de perdas que o grupo automóvel norte-americano teve em 2006.

O corte de 78,5% nos prejuízos da Ford foi acompanhado por um aumento no volume de negócios, tendo as receitas anuais do grupo passado de 160,1 para 173,9 mil milhões de dólares (de 109,7 para 119,1 mil milhões de euros).

"Cada uma das nossas operações na área automóvel está a melhorar e estamos entusiasmados com os progressos, que validam a nossa estratégia e o nosso plano", comentou o presidente da Ford, Alan Mulally. O responsável máximo da fabricante norte-americana não deixou de apontar os lançamentos de novos produtos como justificação para a melhoria de resultados.

Este ano a Ford vai apostar nos modelos Ford Flex, Lincoln MKS e Ford F150 na América do Norte, bem como no Ford Kuga e no Ford Verve na Europa.

O ano 2007 foi marcado pela chegada a um acordo com a principal organização sindical norte-americana para os próximos quatro anos, o que a Ford acredita que dará ao grupo maior competitividade nos próximos tempos.

No que diz respeito apenas ao quarto trimestre a Ford cortou ao meio o prejuízo registado em 2006. Dos 5,6 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) de perdas nos últimos três meses de 2006 o grupo passou para um prejuízo de 2,8 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros). A facturação melhorou cerca de 13%, atingindo 45,5 mil milhões de dólares (31,2 mil milhões de euros) no último trimestre de 2007.

Em 2008 a Ford conta ter ainda prejuízo na divisão automóvel (e lucro na área de financiamento), gerando no total do grupo mais um ano de perdas. De uma maneira geral, porém, a Ford espera que 2008 traduza uma melhoria face a 2007, admitindo que a divisão automóvel possa registar um desempenho igual ou melhor que no ano passado.