Notícia
Fitch corta "rating" da Telefónica para "BBB+"
O ambiente macroeconómico na Europa, as metas para entrega de dividendos e o preço pago pela Vivo à PT levam a que a operadora espanhola tenha uma elevada alavancagem financeira, o que penaliza a sua notação financeira.
Ao fim de três sessões com valorizações superiores a 2,5%, a Telefónica está hoje a subir menos de 0,5% e esteve até a negociar em terreno negativo. A justificar o comportamento das acções da operadora espanhola está o corte de “rating” imposto pela agência de notação financeira Fitch.
A classificação de risco da Telefónica desceu um nível e passou de “A-” para “BBB+”, classificada ainda como nível de investimento. A perspectiva é “estável”, o que indica que a agência não deverá reduzir nem aumentar o “rating” nos próximos tempos.
A Fitch, através do analista Stuart Reid, atribui três motivos para o corte do “rating”. O preço pago pela Telefónica à Portugal Telecom para a compra da Vivo (7,5 mil milhões de euros) junta-se às metas definidas para a distribuição de dividendos da empresa – os analistas têm indicado que os dividendos prometidos superam os lucros previstos – e levam a uma elevada alavancagem financeira. Uma alavancagem que deverá permanecer elevada devido também ao impacto das condições económicas na Europa.
“Embora a empresa continue a registar crescimento na Europa e na América Latina, os negócios europeus deverão ser afectados pelas incertezas relativas ao crescimento económico”, comenta a Fitch.
Ao mesmo tempo, o analista indica que “as operações domésticas espanholas têm verificado crescimento material negativo e devem continuar a apresentá-lo”. A pesar no crescimento negativo está o ambiente económico em Espanha “em particular, a mais alta taxa de desemprego na Zona Euro”.
As acções da Telefónica seguem hoje a ganhar 0,21% para 14,28 euros, mas começaram a sessão no vermelho, tendo caído 1,7%.
Este ano, a empresa já perdeu 16% do seu valor em bolsa em 2011 e esteve a negociar em mínimos de 2008 no mês de Setembro, quando caiu aos 12,5 euros. O sector das telecomunicações, por sua vez, deslizou 10% este ano.
A classificação de risco da Telefónica desceu um nível e passou de “A-” para “BBB+”, classificada ainda como nível de investimento. A perspectiva é “estável”, o que indica que a agência não deverá reduzir nem aumentar o “rating” nos próximos tempos.
“Embora a empresa continue a registar crescimento na Europa e na América Latina, os negócios europeus deverão ser afectados pelas incertezas relativas ao crescimento económico”, comenta a Fitch.
Ao mesmo tempo, o analista indica que “as operações domésticas espanholas têm verificado crescimento material negativo e devem continuar a apresentá-lo”. A pesar no crescimento negativo está o ambiente económico em Espanha “em particular, a mais alta taxa de desemprego na Zona Euro”.
As acções da Telefónica seguem hoje a ganhar 0,21% para 14,28 euros, mas começaram a sessão no vermelho, tendo caído 1,7%.
Este ano, a empresa já perdeu 16% do seu valor em bolsa em 2011 e esteve a negociar em mínimos de 2008 no mês de Setembro, quando caiu aos 12,5 euros. O sector das telecomunicações, por sua vez, deslizou 10% este ano.