A Fiscalia General confirma em comunicado as investigações desencadeadas sobre o BES e o BNP em Espanha, num processo que remonta a 2000 sobre possíveis delitos de branqueamento de capital. No caso do BES, procura-se ainda investigar se o banco terá ajudado a facilitar os delitos dos clientes.

Num comunicado enviado pela Fiscalia General del Estado, a entidade confirma várias diligências em Madrid e em Barcelona, a pedido da Fiscalía Especial Anticorrupción.

Em Madrid, as diligências visam várias sedes do Banco Espírito Santo (BES) [BESNN], dois despachos a empregados do BNP Paribas e sobre a sociedade Cartera Maridional.

Na cidade de Barcelona, as investigações levaram a um "raide" a balcões do BES e à entidade seguradora Cahispa, bem como à residência do presidente desta última entidade.

Segundo um comunicado da Fiscalia General del Estado, todo este caso teve origem num processo judicial de 2000 e "que investiga possível delitos de branqueamento de capitais e contra a Fazenda Pública".

No caso do BES, "as diligências não têm outro objecto que o de investigar a origem e a canalização de fundos realizados por sociedades ou particulares, clientes dessa entidade de crédito".

O comunicado adianta ainda que "mesmo assim, se pretende determinar se o banco terá facilitado estruturas fiduciárias a esses ditos clientes".