Quase 80% dos líderes financeiros das empresas portuguesas são homens e 44% destes profissionais estão na faixa etária entre os 40 e os 49, sendo que apenas um em cada dez tem mais do que 50 anos. E apenas 20% dizem estar insatisfeitos com a posição que exercem, considerando "a crescente abrangência e componente estratégica da sua função".

O perfil é traçado no Barómetro de CFO & Liderança Financeira da Michael Page, uma empresa de recrutamento de quadros médios e superiores, que mostra que uma em cada três empresas nacionais tem dificuldades em recrutar o talento ideal para as suas necessidades. Ainda assim, é uma percentagem inferior à da média global (66%) que admite este mesmo problema.

A grande maioria (73%) dos departamentos financeiros das empresas portuguesas tem entre um e nove elementos, sendo que os líderes financeiros das empresas procuram para as suas equipas sobretudo profissionais especializados em contabilidade (28%), controlo (25%), planeamento e análise financeira (9%), gestão de caixa (8%) e gestão financeira (8%).

Entre as alterações previstas pelas empresas para os próximos 12 meses, a implementar pelos directores financeiros, o barómetro destaca a implementação de novas políticas (47%), de novos "softwares" (40%), de centros de serviços partilhados (18%), a centralização (17%) e o outsourcing (15%). "Em contrapartida, apenas 5,9% vai apostar na descentralização e 5% no "insourcing", lê-se no estudo, divulgado esta quinta-feira, 21 de Maio.

Neste estudo, que evidencia "as tendências que estão a tornar o cargo de CFO equiparável ao até então quadro directivo mais importante, o cargo de CEO", são também apontados os Serviços (23%), a Saúde (13%) e a Indústria (11%) como os sectores que mais recrutam estes perfis. Já as prioridades eleitas por estes líderes financeiros são a optimização de processos, a gestão financeira e a optimização de custos, em contraponto com a gestão do risco financeiro ou as fusões e aquisições, que são apontadas como menos prioritárias.