Notícia
Filiais estrangeiras empregam 571 mil pessoas em Portugal. Trabalhadores recebem mais 404 euros
No ano passado, Portugal tinha 9.101 filiais estrangeiras, que empregavam 571 mil pessoas. A remuneração mensal média é de 1.404 euros, contra os 1.010 nas sociedades nacionais.
Em 2020, havia em Portugal 9.101 filiais estrangeiras, que empregavam 571 mil pessoas, revelam as estatísticas da globalização, divulgadas esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Comparando com o ano anterior, trata-se de uma subida de 1,6% neste número de filiais (8.961 em 2019), correspondendo a 2% do total das sociedades não financeiras.
Em termos médios, cada filial empregava 63 pessoas em 2020, "um valor muito superior ao registado nas sociedades nacionais (6 pessoas)", contextualiza o INE. O número total de pessoas ao serviço destas filiais estrangeiras está a aumentar pelo terceiro ano consecutivo - em 2018, por exemplo, as filiais estrangeiras empregavam 513.479 pessoas.
Entre 2018 e 2020, o peso das pessoas ao serviço das filiais de empresas estrangeiras face ao total das sociedades cresceu 1,2 pontos percentuais, correspondendo a um aumento de cerca de 57 mil pessoas ao serviço.
Enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) destas empresas recuou 7,3% no ano passado, para um total de 24 mil milhões de euros, a queda foi menor quando comparada com a diminuição do VAB das empresas nacionais, que caiu 11,5%. Também o volume de negócios destas empresas recuou 9%, devido à situação de pandemia, correspondendo a 101 mil milhões de euros. Os gastos com o pessoal diminuíram 1,1%, correspondendo em termos nominais a 14,6 mil milhões de euros em 2020.
De acordo com estes dados, 73,5% do VAB gerado por filiais estrangeiras dizia respeito sociedades detidas por entidades sediadas em países da União Europeia.
As filiais de grandes dimensões - 514 sociedades - foram responsáveis por 64,1% do total do VAB das filiais estrangeiras, gerando 15,5 mil milhões de euros. Este meio milhar de empresas tinha ao serviço 396 mil pessoas - o equivalente a 69,3% do total de empregados das filiais estrangeiras.
Na análise por setor de atividade económica, a informação e comunicação foi o único a registar uma taxa de crescimento positivo do VAB, com uma subida de 14,2%. Este foi o setor que demonstrou maior resiliência à crise trazida pela pandemia no ano passado.
Remuneração quase 40% acima das sociedades nacionais
Estes dados revelam significativas diferenças na área salarial. A remuneração média mensal nestas empresas era em 2020 de 1.414 euros, 39,9% acima das remunerações encontradas nas sociedades nacionais (1.010 euros). Ou seja, trabalhar para uma filial estrangeira de alguma empresa poderá conferir mais 404 euros na remuneração.
Já a produtividade aparente do trabalho estava 73,1% acima das sociedades nacionais, atingido os 42.225 euros em 2020.
Ainda nos salários, a diferença é ainda maior quando se olha para as filiais de empresas estrangeiras micro, refere o INE, onde a remuneração média mensal ascendia a 2.146 euros, uma variação de 163,8% face à remuneração média das sociedades nacionais. Já na comparação de remunerações entre filiais estrangeiras de grandes dimensões e as empresas nacionais do mesmo tipo a diferença é menor: 1.297 euros contra 1.205 euros.
As remunerações médias subiram 1,2% nas filiais estrangeiras na comparação com 2019. No contexto do layoff simplificado, 29,5% das filiais estrangeiras recorreram a esta medida no ano passado, face a 25,4% nas sociedades nacionais, "o que permitiu atenuar os efeitos negativos da pandemia na remuneração média mensal, de forma mais intensa nas filiais estrangeiras", explica o INE.
Dado o seu peso relativo mais elevado, "as filiais estrangeiras que recorreram ao layoff simplificado representavam 84,3% do pessoal ao serviço e 73,2% das remunerações do total das filiais estrangeiras (62,0% e 65,0%, respetivamente, nas sociedades nacionais)."
Em termos médios, cada filial empregava 63 pessoas em 2020, "um valor muito superior ao registado nas sociedades nacionais (6 pessoas)", contextualiza o INE. O número total de pessoas ao serviço destas filiais estrangeiras está a aumentar pelo terceiro ano consecutivo - em 2018, por exemplo, as filiais estrangeiras empregavam 513.479 pessoas.
Enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) destas empresas recuou 7,3% no ano passado, para um total de 24 mil milhões de euros, a queda foi menor quando comparada com a diminuição do VAB das empresas nacionais, que caiu 11,5%. Também o volume de negócios destas empresas recuou 9%, devido à situação de pandemia, correspondendo a 101 mil milhões de euros. Os gastos com o pessoal diminuíram 1,1%, correspondendo em termos nominais a 14,6 mil milhões de euros em 2020.
De acordo com estes dados, 73,5% do VAB gerado por filiais estrangeiras dizia respeito sociedades detidas por entidades sediadas em países da União Europeia.
As filiais de grandes dimensões - 514 sociedades - foram responsáveis por 64,1% do total do VAB das filiais estrangeiras, gerando 15,5 mil milhões de euros. Este meio milhar de empresas tinha ao serviço 396 mil pessoas - o equivalente a 69,3% do total de empregados das filiais estrangeiras.
Na análise por setor de atividade económica, a informação e comunicação foi o único a registar uma taxa de crescimento positivo do VAB, com uma subida de 14,2%. Este foi o setor que demonstrou maior resiliência à crise trazida pela pandemia no ano passado.
Remuneração quase 40% acima das sociedades nacionais
Estes dados revelam significativas diferenças na área salarial. A remuneração média mensal nestas empresas era em 2020 de 1.414 euros, 39,9% acima das remunerações encontradas nas sociedades nacionais (1.010 euros). Ou seja, trabalhar para uma filial estrangeira de alguma empresa poderá conferir mais 404 euros na remuneração.
Já a produtividade aparente do trabalho estava 73,1% acima das sociedades nacionais, atingido os 42.225 euros em 2020.
Ainda nos salários, a diferença é ainda maior quando se olha para as filiais de empresas estrangeiras micro, refere o INE, onde a remuneração média mensal ascendia a 2.146 euros, uma variação de 163,8% face à remuneração média das sociedades nacionais. Já na comparação de remunerações entre filiais estrangeiras de grandes dimensões e as empresas nacionais do mesmo tipo a diferença é menor: 1.297 euros contra 1.205 euros.
As remunerações médias subiram 1,2% nas filiais estrangeiras na comparação com 2019. No contexto do layoff simplificado, 29,5% das filiais estrangeiras recorreram a esta medida no ano passado, face a 25,4% nas sociedades nacionais, "o que permitiu atenuar os efeitos negativos da pandemia na remuneração média mensal, de forma mais intensa nas filiais estrangeiras", explica o INE.
Dado o seu peso relativo mais elevado, "as filiais estrangeiras que recorreram ao layoff simplificado representavam 84,3% do pessoal ao serviço e 73,2% das remunerações do total das filiais estrangeiras (62,0% e 65,0%, respetivamente, nas sociedades nacionais)."