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Ferroatlántica negoceia com EDP após liquidação da OPA

A Ferroatlántica vai negociar com a EDP e a Cajastur, visando a gestão da Hidroeléctrica del Cantábrico, após a liquidação da OPA lançada sobre a eléctrica asturiana, que deverá decorrer esta semana, revelou fonte oficial da empresa ao Canal de Negócios.

17 de Abril de 2001 às 13:00
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A Ferroatlántica vai negociar com a Electricidade de Portugal (EDP) e a Cajastur, visando a gestão da Hidroeléctrica del Cantábrico, após a liquidação da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a eléctrica asturiana, que deverá decorrer esta semana, revelou fonte oficial da empresa ao Canal de Negócios.

«Neste momento, não há nenhuma conversação. Primeiro, há que aguardar que a OPA seja liquidada», afirmou fonte oficial da Ferroatlántica ao Canal de Negócios, adiantando que a liquidação deverá ocorrer «ainda esta semana».

«A Ferroatlántica já se mostrou disponível para conversar com os outros accionistas da Hidrocantábrico, o que de resto é inevitável», sublinhou a mesma fonte, referindo-se a um possível entendimento com a EDP e Cajastur.

A Ferroatlántica, detida em partes iguais pelo Grupo Villar Mir e pela alemã EnBW, assegurou uma participação de 59,66% na quarta eléctrica espanhola, através do lançamento de uma OPA ao preço de 27,30 euros (5.473 escudos).

A EDP e a Cajastur garantiram uma posição de cerca de 35% no capital da eléctrica asturiana, apesar de terem avançado com uma oferta inferior, no montante de 24 euros (4.811 escudos) por cada acção da empresa.

A eléctrica nacional assegurou aquela participação através dos cerca de 15% do capital controlados pela Cajastur e de um acordo com a norte-americana TXU, que detinha anteriormente uma participação de 19,2% na empresa.

Os estatutos da Hidrocantábrico impedem que sejam exercidos os direitos de voto sobre mais de 10% do capital da companhia. Para desblindar os estatutos, é necessária uma maioria de 75% dos votos em assembleia geral (AG) de accionistas, pelo que a participação da EDP e Cajastur pode funcionar como uma força de bloqueio.

«O que é importante é que a Hidrocantábrico saia do impasse em que esteve durante mais de um ano», pelo que é necessário «chegar a acordos para trabalhar a favor da companhia», considerou a mesma fonte.

Às 12h50, a Hidrocantábrico perdia 0,8% para os 24,80 euros (4.971 escudos), em Madrid, enquanto a EDP recuava 0,62% para os 3,20 euros (641 escudos), em Lisboa.

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