O ministro do Equipamento Social, Ferro Rodrigues, apelou hoje à pacificação interna da TAP, defendendo que os sindicatos e administração devem estabelecer um acordo para o futuro, segundo noticiou a Lusa.

«A TAP, apesar da grande capacidade que esta administração tem tido em procurar melhorar a sua situação, continua a viver momentos difíceis», reconheceu o ministro, considerando que os trabalhadores devem aceitar alguns «sacrifícios» para garantir a recuperação da empresa.

O futuro da empresa passa pela «criação e permanência de um ambiente de paz social interna», sublinhou Ferro Rodrigues.

«Penso que os sindicatos e a administração da TAP devem fazer um esforço de entendimento visto que é natural que haja sacrifícios neste ano que são inevitáveis», concluiu o ministro.

Os sindicatos dos trabalhadores de terra da TAP fizeram greve às duas primeiras horas de trabalho e às horas de trabalho suplementar ontem e na sexta-feira passada. Os sindicatos convocaram uma nova greve de 24 horas para dia 20, em Lisboa, e para dia 21 no resto do país.

Em declarações ao Negocios.pt na passada semana, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), explicou que as greves convocadas não são mais que um pedido de reposição do poder de compra, e não de aumentos».

Os prejuízos da transportadora no final do mês de Maio rondaram os 80 milhões de euros (16 milhões de contos) contra os 60 milhões de euros (12 milhões de contos) do mês anterior. A quebra de 12% do volume de passageiros e a desvalorização do euro face ao dólar foram as razões apontadas por fonte oficial da empresa, noticiou hoje o «Diário Económico».