A fábrica da General Motors na Azambuja está a ser alvo de um estudo por parte da «casa-mãe» na Europa que visa melhorar a rentabilidade da unidade produtiva portuguesa, adiantou fonte oficial da GM Portugal ao Jornal de Negócios Online. No entanto, o porta-voz da GM Europa desmentiu à Bloomberg a decisão de encerrar a fábrica em Portugal.

«Este estudo incluirá a indentificação de formas de melhorar tanto a componente custo como de obtenção de receitas»; diz a mesma fonte, salientando que «as primeiras conclusões deste estudo deverão ser retiradas no Verão». Estas declarações surgem na sequência da notícia hoje avançada pelo Automative News de que a fábrica da Azambuja poderá fechar em 2008, altura em que termina a produção do Combo.

A estudo agora em curso visa melhorar toda a operação da GM Europa na área dos veículos comerciais. A construtora de automóveis produz veículos comerciais Combo e Vivaro em duas fábricas no espaço europeu, Azambuja e Luton, no Reino Unido. Os camiões Movamo são produzidos em Battily, em França.

Na edição de hoje, a «Automotive News» noticia que o processo de revisão das unidades de produção de veículos comerciais ligeiros poderá levar ao encerramento da unidade da GM em Portugal, no ano 2008. Em resposta ao artigo publicado, fonte oficial da fabricante de Detroit, citada pela Bloomberg, afirmou em Zurique que «o resultado da revisão ser o encerramento da unidade da Azambuja é altamente especulativo».

Este plano de reestruturação para a Europa surge depois de outra iniciativa semelhante anunciada pela GM em Novembro para os EUA. Naquele caso está em causa o encerramento de 12 fábricas e o corte de 30 mil postos de trabalho.

No ano passado, a GM, perdeu cerca de 1,22 mil milhões de dólares (1,02 mil milhões de euros) na Europa, face aos prejuízos de 976 milhões de dólares (817,6 milhões de euros) verificados no ano 2004.

A GM acrescenta ainda que os resultados do estudo e qualquer decisão sobre as unidades da fabricante só serão obtidos «este Verão».

O encerramento da fábrica da Azambuja já esteve em causa no Verão do ano passado devido à falta de entendimento entre e trabalhadores e administração para a assinatura do acordo laboral.