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Farmacêutica indiana compra portuguesa Generis por 135 milhões de euros
Com esta aquisição, através da subsidiária holandesa Agile Pharma, a farmacêutica indiana passa a deter a unidade de produção da Amadora (distrito de Lisboa), com capacidade para fabricar 1,2 mil milhões de comprimidos/cápsulas por ano.
A Aurobindo Pharma anunciou hoje a assinatura de um acordo vinculativo, através da sua subsidiária holandesa Agile Pharma, para a aquisição da totalidade da farmacêutica portuguesa Generis, por 135 milhões de euros, revela a agência Bloomberg.
Com esta aquisição, através da subsidiária holandesa Agile Pharma, a farmacêutica indiana passa a deter a unidade de produção da Amadora (distrito de Lisboa), com capacidade para fabricar 1,2 mil milhões de comprimidos/cápsulas por ano.
Este negócio consolida a presença da Aurobindo em Portugal, que atualmente é composta pela Aurovitas, Unipessoal LDA, pela Aurobindo Pharma Unipessoal Limitada, segundo a Bloomberg.
A Generis, que é detida pela Magnum Capital, tem um amplo portfólio de produtos com grande participação nas áreas terapêuticas de cardiovascular, anti-infeciosos e sistema génito-urinário de medicamentos.
A Generis tem um amplo portfólio de produtos com grande participação nas áreas terapêuticas de cardiovascular, anti-infeciosos e sistema génito-urinário de medicamentos.
As operações consolidadas do grupo serão o ‘número 1’ no mercado farmacêutico genérico português e terão a maior carteira de produtos genéricos, composta por 271 produtos.
De acordo com a agência de informação financeira, a empresa prevê concluir a transação até ao próximo mês, desde que as autoridades da concorrência autorizem o acordo, não assumindo nenhuma dívida como parte desta transação.
O acordo entre a Generis e a Aurobindo ocorre alguns meses depois da oferta mal sucedida desta última pelos activos da Teva Pharmaceuticals no Reino Unido e na Irlanda, que foram comprados pela rival indonésia Intas, em outubro de 2016.
Trata-se da segunda grande aquisição europeia por parte da farmacêutica indiana, depois de a empresa ter planeado a expansão dos seus negócios na Europa, que passará a ser o segundo maior contribuinte para as suas receitas globais depois dos Estados Unidos.
De acordo com os números avançados pela administração da empresa, e citados pela Bloomberg, a administração estima que as vendas líquidas que resultarão da concretização do negócio com a farmacêutica portuguesa serão de aproximadamente 72 milhões de euros em 2017, em comparação com os 64,8 milhões de euros no ano anterior.
"O acompanhamento do desenvolvimento da Generis foi uma experiência única e fantástica […] É um orgulho vermos esse trabalho reconhecido pelo grupo farmacêutico Aurobindo", considerou o presidente do Conselho de Administração da Generis, João Talone, num comunicado entretanto enviado.
Segundo João Talone, "o novo acionista terá um impacto muito positivo, abrindo um novo ciclo. A sua presença mundial vai permitir transformar a Generis numa plataforma de produção global, reforçando as exportações e a criação de novos postos de trabalho. E o seu forte portefólio de produtos permitirá aumentar o leque de soluções terapêuticas postas à disposição dos portugueses".