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Farmácias recuam após decisão de não comparticipação do Ministério

O braço de ferro entre o Ministério da Saúde e a Associação Nacional de Farmácias (ANF) terminou ontem. Pelo menos, para já. Os farmacêuticos recuaram no programa de substituição de medicamentos por genéricos, depois de a ministra, Ana Jorge, ter anunciado que seriam recusadas as receitas médicas alteradas nas farmácias sem autorização do médico. Mas a ANF admite recorrer aos tribunais.

09 de Abril de 2009 às 00:01
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O braço de ferro entre o Ministério da Saúde e a Associação Nacional de Farmácias (ANF) terminou ontem. Pelo menos, para já. Os farmacêuticos recuaram no programa de substituição de medicamentos por genéricos, depois de a ministra, Ana Jorge, ter anunciado que seriam recusadas as receitas médicas alteradas nas farmácias sem autorização do médico. Mas a ANF admite recorrer aos tribunais.

"As farmácias não têm condições económicas para continuar a suportar uma campanha que (...) deixou de ser apoiada pelo Ministério da Saúde", revelou ontem João Cordeiro, presidente da ANF, em conferência de imprensa. Como tal, decidiu redefinir o Programa DCI (Denominação Comum Internacional) 2009.

"As farmácias vão continuar a informar os doentes da possibilidade de optarem por medicamentos genéricos mais baratos", continuou. "No recibo emitido pela farmácia será impresso o valor da diferença de preço entre o medicamento de marca prescrito e o medicamento genérico mais barato".

Em entrevista ao Negócios publicada ontem, João Cordeiro foi peremptório: "se eventualmente a senhora ministra da Saúde identifica alguma solução é resolvê-la. Não é mais do que assumir um compromisso que está no programa do Governo". E calculou em 120 milhões de euros a poupança anual estimada com a promoção dos medicamentos genéricos, através da sua utilização para substituir os medicamentos de marca.

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