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Família Serrenho paga 23,4 milhões para retirar CIN da Bolsa

A família Serrenho, que possui directa e indirectamente cerca de 86% do capital e 90% dos direitos de voto da CIN - Corporação Industrial do Norte, oferece 6,75 euros por cada uma das 3,4 milhões de acções que não controla, o que significa que está dispon

26 de Janeiro de 2007 às 18:31
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A família Serrenho, que possui directa e indirectamente cerca de 86% do capital e 90% dos direitos de voto da CIN - Corporação Industrial do Norte, oferece 6,75 euros por cada uma das 3,4 milhões de acções que não controla, o que significa que está disponível para desembolsar cerca de 23,4 milhões de euros para comprar os 14% que lhe falta para retirar a CIN de bolsa.

A contrapartida agora oferecida avalia a empresa em 169 milhões de euros, mais cinco milhões de euros face ao preço das acções em bolsa, que ontem fecharam a valer 6,55 euros, mas menos 11 milhões de euros tendo em conta o preço de fecho no dia anterior - sessão em que atingiu os 7,20 euros, um máximo desde o ano 2000.

O preço médio dos últimos seis meses rondou os 5,75 euros, menos um euro que a contrapartida actual.

Em assembleia geral extraordinária marcada para 12 de Fevereiro próximo, a SF - Sociedade de Controlo, detida pela família Serrenho, pretende aprovar a perda da qualidade de sociedade aberta da única empresa de tintas portuguesa cotada na Euronext Lisbon e líder no mercado ibérico.

"Nos termos da proposta publicada, a accionista SF – Sociedade de Controlo, SA (SGPS) compromete-se a adquirir as acções representativas do capital social da Sociedade detida pelos accionistas que não votem favoravelmente a referida proposta, ao preço de 6,75 euros", refere um comunicado da CIN, confirmando uma noticia hoje avançada pelo Jornal de Negócios.

A SF considera que "a presente proposta de perda da qualidade de sociedade aberta da CIN tem em consideração a salvaguarda dos interesses dos accionistas minoritários, considerando a reduzida dispersão das acções representativas do capital social da sociedade que se encontram admitidas à negociação" no Euronext Lisbon.

No seguimento da aprovação da retirada de bolsa em assembleia geral da CIN, deverá ser concedido ao conselho de administração da empresa "os necessários poderes" para requerer à CMVM o respectivo deferimento, assim como para "fixar quaisquer outras condições que se venham a revelar necessárias a tal operação e praticar todos os actos e assinar quaisquer documentos necessários à sua concretização".

A contrapartida da SF está 1,10 euros acima dos 5,65 euros por acção pagos ao BPI, em Março do ano passado, pela execução da opção de compra sobre 19,05% do capital da CIN. Uma participação que tinha sido adquirida pelo BPI ao Banco Privado Português, em Julho de 2005, ao preço de cinco euros por acção. Contas feitas, em cerca de ano e meio, a oferta actual da SF corresponde a uma valorização da CIN em cerca de 44 milhões de euros.

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