Kenneth Lay e Jeffrey Skilling foram hoje considerados culpados de orquestrarem a fraude que levou ao colapso da Enron. Um júri norte-americano deliberou durante seis dias antes de condenar Lay, ex-«chairman» da gigante eléctrica, e Skilling, ex-«CEO», por acusações de fraude e conspiração, depois de um julgamento de mais de três meses.

Lay foi considerado culpado de todas as acusações, enquanto Skilling foi condenado em 19 das 28 acusações do processo.

Segundo a Bloomberg, os executivos enfrentam uma pena de prisão de pelo menos 25 anos, num processo que é considerado um marco para o crime corporativo que floresceu a partir do ano 2000.

A Enron, que em tempos foi uma das maiores eléctricas do mundo, tinha uma capitalização bolsista de mais de 53 mil milhões de euros antes de, em 2001, pedir falência. Neste processo, arrastou consigo mais de 5.500 postos de trabalho directos e mais de 20 mil a nível mundial. Os investidores afectados garantem que a fraude contabilística na empresa causou perdas de cerca de 19,5 mil milhões de euros.