Dos 74 anos passou, mas aos 75 poderá não chegar. Fundada a 29 de maio de 1945, a Publicações Europa-América acaba de apresentar-se à insolvência no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa - Oeste (Sintra).

Segundo o jornal Expresso, a ação judicial da icónica editora lista mais de 50 credores, incluindo a família Lyon de Castro, fundadora e ainda dona da empresa, e onde surgem outras editoras, como a Gradiva, instituições financeiras, como o Santander, e o Estado, através do Instituto da Segurança Social, em cuja lista de devedores tem lugar cativo desde 2017.

Com mais de 51 milhões de livros publicados, tendo editado obras de 1.900 autores portugueses, nos últimos cinco anos, pelo menos, a Europa-América acumulou prejuízos -nos ano passado, registou um resultado negativo de 480 mil euros -, somando um passivo superior a dois milhões de euros, avança o Expresso.

Com uma faturação anual entre os 600 mil e os 800 mil euros, há vários anos que a editora não consegue gerar receitas para cobrir os seus custos, tendo fechado o último exercício com capitais próprios negativos de 638 mil euros, refere o mesmo jornal.