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Euro Estates coloca 55 fogos em leilão em Abril

A Euro Estates, uma consultora de serviços imobiliários, vai realizar um leilão de imóveis no princípio do mês de Abril, com 55 lotes, divulgou a empresa na apresentação do evento.

03 de Março de 2004 às 17:55
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A Euro Estates, uma consultora de serviços imobiliários, vai realizar um leilão de imóveis no princípio do mês de Abril, com 55 lotes, divulgou a empresa na apresentação do evento.

Os preços variam entre os 35 mil euros para um T2 em Setúbal, e os 600 mil euros para um escritório no Lumiar em Lisboa. A maior parte dos lotes são destinados a habitação (mais de 80%), enquanto os restantes são escritórios. A PT vai ter cinco casas à venda no leilão.

A consultora tem como objectivo ser a uma empresa líder na intermediação de activos imóveis com recurso à metodologia do leilão, um canal de distribuição alternativo, e António Phemudo dos Santos, administrador executivo, bifurca o sucesso do leilão na vertente comercial e na vertente organizativa.

Para a primeira quer a "venda do maior número de imóveis possível" e, no que respeita à segunda, deseja que "o modelo de leilão vingue quer, como é o caso, quando o mercado está deprimido, quer quando voltar a animar".

O sistema de leilão deve ser alimentado pela banca, que são no "fundo os maiores beneficiários pois têm o interesse em vender, cobrando uma taxa de juro mais reduzida ou até bonificada e reduzindo total ou parcialmente as comissões".

Esta é aliás vantagem competitiva desta empresa, dado "a banca não vender os imóveis com interesse especulativo", conclui o responsável. Os preços de saída, ou preços base, são todos pelo menos 5% abaixo do preço indicativo – que provém da avaliação do banco ou da própria consultora – e podem ir até um desconto de 50%.

A maior parte dos imóveis que vão a leilão são detidos por instituições bancárias sendo que cinco dos imóveis pertencem à Portugal Telecom e são fornecidos pela Simarc, uma empresa de promoção imobiliária detida em 100% pela operadora nacional. As restantes entidades que compõem a lista de fornecedores são a Servibanca, do Grupo BCP, a Banif Imobiliária, do Grupo Banif, a Gesfino, e a Imocaixa, do Grupo Caixa Geral de Depósitos.

A empresa tem um capital social de 150 mil euros, distribuído por accionistas individuais das áreas da imobiliária, banca, tecnologias, comunicações. Um dos accionistas é a European Estates, uma empresa espanhola que deu início à sua actividade em 1997, donde a consultora recebe, através de um acordo exclusivo, o "Know-How" e a assistência técnica.

A European Estates detém uma opção de compra de 20% do capital e "é provável que a venha a exercer" disse Ignacio Aguirre, responsável pela espanhola European Estates que vendeu cerca de 75% dos imóveis que foram a leilão naquele país.

A empresa definiu como alvo geográfico de escolha dos imóveis deste leilão a área da Grande Lisboa, mas refere que, a breve prazo, até mesmo este ano, pode alargar a área de influência à cidade do Porto.

De acordo com Monteiro Gomes, responsável do Grupo BCP, o sistema de leilões resolve "problemas da banca tais como a colocação dos activos e a constituição de provisões" e afirma ainda que "mais importante do que vender todos os imóveis que o BCP forneceu é fazer vingar este sistema alternativo".

Outra vantagem anunciada pelo administrador executivo da Euro Estates, e corroborada pelos representantes do BCP e do Banif, prende-se com a inexistência de comissões de avaliação.

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