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EUA acusam e multam Rolls-Royce por subornos na Petrobras

O Departamento de Justiça dos EUA assinalou na terça-feira que a companhia britânica de motores Rolls-Royce Holdings aprovou a atribuição de subornos no valor de 9,3 milhões de dólares à petrolífera estatal Petrobras para conseguir contratos no Brasil.

18 de Janeiro de 2017 às 01:06
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"A Rolls-Royce utilizou intermediários no Brasil para pagar cerca de 9,3 milhões de dólares [8,7 milhões de euros] no sentido de subornar funcionários da petrolífera estatal, que adjudicou contratos à empresa durante este período (2000-2013)", assinalaram as autoridades norte-americanas em comunicado divulgado no dia 17 de Janeiro.

 

Esta prática vai obrigar o grupo britânico a pagar uma multa de 170 milhões de dólares (159 milhões de euros) nos EUA e de 25,6 milhões de dólares (24,1 milhões de euros) ao Ministério Público do Brasil.

 

O grupo britânico, que além dos automóveis de luxo também produz motores para a marinha e para a aviação, realizou estes pagamentos para receber contratos para projectos em várias plataformas petrolíferas da brasileira Petrobras.

 

A sanção faz parte de uma multa mais ampla aplicada à Rolls Royce pelas suas práticas em várias partes do mundo, como [além do Brasil] Angola, Cazaquistão, Tailândia e Iraque, que ascende a um total de 760 milhões de dólares.

 

No passado mês de Setembro, a Rolls-Royce anunciou que iria eliminar mais de 200 cargos de gestão, uma altura em que o presidente executivo da empresa de engenharia, Warren East, se decidiu a alargar o programa de reestruturação da marca inglesa.

 

A eliminação destas posições elevou para 600 o número total de cortes de postos de trabalho nas equipas de gestão da empresa. Estes cortes inseriram-se no plano de corte de custos compreendido entre 30 a 50 milhões de libras (35 a 58 milhões de euros) e definido para 2016. No total, até ao final de 2017, a empresa pretende criar poupanças no valor de 200 milhões de libras.

 

Em 2015, a empresa revelou que o número de funcionários diminuiu em 3.600 para 50.500 pessoas.

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