A empresa de construção naval OSX Brasil, pertencente ao grupo do antigo milionário brasileiro Eike Batista, pediu protecção judicial contra credores. Esta é a segunda empresa do universo EBX, controlado pelo empresário que chegou a ser considerado o sétimo homem mais rico do mundo, a declarar falência, o que acontece duas semanas depois de a petrolífera OGX ter suspendido pagamentos.

De acordo com a BBC, a OSX tem dívidas estimadas em 2,3 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros), menos de metade do passivo de 4,8 mil milhões de dólares atribuído à empresa-irmã OGX. Cada uma das empresas tem 60 dias, após o pedido de protecção contra credores, para apresentar um plano de reestruturação financeira.

Os processos de falência das empresas do grupo EBX, que opera nas áreas de energia, minas e indústria, são o reflexo do fim do mito de sucesso do empresário brasileiro Eike Batista, a quem chegou a ser atribuída uma fortuna avaliada em 30 mil milhões de dólares (22,4 mil milhões de euros).

O processo de declínio do grupo de Eike Batista começou no ano passado, depois de a OGX ter anunciado que a sua produção de petróleo seria um quarto do valor inicialmente previsto. Este anúncio levou os investidores a perderem a confiança na empresa, que acabou por protagonizar a maior falência da América Latina, uma vez que se viu incapaz de pagar os empréstimos que tinha contraído na expectativa de os reembolsar com as receitas de petróleo que acabou por não gerar.