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Estado do Paraná adia anúncio dos termos para privatização da Copel

O Estado brasileiro do Paraná adiou o anúncio do preço mínimo para o leilão de privatização da eléctrica Companhia Paranaense de Energia (Copel), em que a EDP já manifestou interesse, cuja divulgação estava prevista para hoje.

24 de Agosto de 2001 às 14:23
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O Estado brasileiro do Paraná adiou o anúncio do preço mínimo para o leilão de privatização da eléctrica Companhia Paranaense de Energia (Copel), em que a Electricidade de Portugal (EDP) já manifestou interesse, cuja divulgação estava prevista para hoje.

Aquele Estado brasileiro não avançou as razões pelas quais decidiu não proceder à definição da base de licitação dentro dos prazos previstos, nem avançou com uma nova data para o anúncio do preço mínimo de aquisição da eléctrica, de acordo com as agências internacionais.

A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou na passada segunda-feira a venda da participação daquele Estado brasileiro na eléctrica Copel, representativa de cerca de 49% dos direitos de voto, inviabilizado uma proposta que visava a suspensão da operação.

A moção que foi votada na Assembleia Legislativa do Paraná foi interposta pelos partidos da oposição, que já anunciaram que irão recorrer aos tribunais para tentar impedir a privatização da Copel, na sequência de protestos da população e dos trabalhadores da empresa.

De acordo com os analistas, estas dificuldades não deverão ser suficientes para impedir a privatização da empresa, tendo em conta outros processos semelhantes que se desenvolveram ao longo dos últimos anos, mas podem contribuir para adiar a conclusão do leilão, que está marcado para 31 de Outubro.

A Copel é a maior companhia do Estado do Paraná, com activos avaliados em 5 mil milhões de reais (2,17 mil milhões de euros ou 435 milhões de contos), detendo 18 unidades geradoras de electricidade, que são responsáveis por cerca de 7,5% do total de energia eléctrica produzida no maior país da América Latina.

A alienação da participação do Estado do Paraná na Copel insere-se num plano do Governo Federal para forçar os Estados brasileiros a pagar as suas dívidas e aumentar os capitais dos seus fundos de pensões.

As acções da EDP [EDP] seguiam a ganhar 0,34% para os 2,94 euros (589 escudos).

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