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Espanhola Fun & Basics abre falência (act.)

A cadeia espanhola de acessórios de moda Fun & Basics, que está presente em Portugal, pediu protecção ao abrigo da lei de falências junto do Tribunal do Comércio de Madrid, segundo a imprensa espanhola. A dívida da empresa é de 1,5 milhões de euros e o Banco Espírito Santo está entre os credores.

06 de Fevereiro de 2009 às 19:06
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(actualiza com mais informação)

A cadeia espanhola de acessórios de moda Fun & Basics, que está presente em Portugal, pediu protecção ao abrigo da lei de falências junto do Tribunal do Comércio de Madrid, segundo a imprensa espanhola. A dívida da empresa é de 1,5 milhões de euros e o Banco Espírito Santo está entre os credores.

A empresa, criada em 1994, abriu a sua primeira loja em 1997 e um ano depois iniciou o seu processo de expansão, contando actualmente com uma rede de 75 estabelecimentos – 23 são lojas próprias e as restantes são franchisadas – em Espanha, Portugal, México e Canadá. Está também presente noutros países, como os EUA e o Japão, através de lojas em centros comerciais, lojas multimarca e aeroportos. No total está em mais de 300 lojas multimarca.

A Fun & Basics, que se dedica à concepção, fabrico e comercialização de malas, artigos de viagem, calçado, acessórios e complementos de moda, foi agora declarada em ‘concurso de credores’ (que antes se denominava ‘suspensão de pagamentos’) pelo Tribunal do Comércio de Madrid, refere o “El País”.

De acordo com o “La Vanguardia”, a empresa teve de apresentar em Novembro um pedido de insolvência devido a problemas de liquidez que a impediram de pagar 1,5 milhões de euros aos seus fornecedores.

A Fun & Basics, que precisa de uma elevada liquidez para financiar a compra de mercadorias, está em negociações com a banca para ver se consegue uma proposta dos seus credores.

Fontes da empresa comentaram ao “La Vanguardia” que já receberam o apoio de sete das dez entidades financeiras com as quais negoceia. A Fun & Basics, que é assessorada pela sociedade de advogados CMS Albiñana y Suárez de Lezo, tem como credores o Banco Espírito Santo, Bankinter, Fortis Bank e Banco Madrid, segundo as suas contas, havendo ainda a acrescentar o La Caixa, Caixa Catalunya, Banco Sabadell, Banco Popular e Deutsche Bank, refere a mesma publicação.

Fonte do BES disse ao Negócios que a estrutura de dívida da empresa não é relevante para o banco português. Na imprensa espanhola, o BES surge em terceiro lugar na designação dos bancos credores, sendo essa a ordem de relevância na estrutura de dívida da empresa de acessórios de moda.

A partir da data de publicação do anúncio no Boletim Oficial do Estado, os credores da empresa dispõem de cerca de um mês para comunicarem à administração concursal os valores que lhes são devidos pela Fun & Basics. Segundo a “Telecinco”, os credores deverão reportar os valores em dívida até 5 de Março. A administração concursal só tratará da supervisão, já que os gestores da empresa mantêm os poderes de gestão do património.

Segundo as contas apresentadas no Registo Comercial, correspondentes a 2007, as dívidas da Fun & Basics ascendiam a 5,86 milhões de euros, sendo que a maioria (4,56 milhões) era dívida de curto prazo junto de fornecedores e entidades financeiras. A médio e longo prazo, as dívidas junto de entidades de crédito ascendiam a 1,3 milhões de euros, com vencimento entre 2008 e 2011, adiantou o “La Vanguardia”.

Entrar em concurso de credores significa que a Fun & Basics vai poder continuar a gerir o seu património, mas estará submetida à intervenção da administração concursal. O concurso de credores é uma situação temporária, sendo ainda possível que a empresa possa superar este revés e manter no futuro a sua actividade, salienta o portal “Neomoda”.

Segundo os dados mais recentes do Instituto de Informação em Franchising, o investimento para abrir um franchising da Fun & Basics em Portugal é de 110.000 euros.

O Negócios tentou contactar a empresa, nas suas instalações em Portugal e em Espanha, mas sem sucesso.

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